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Cilair de Abreu
Cilair Abreu, que atualmente faz parte do Ministério da Gestão e Inovação, ocupará interinamente secretaria-executiva dos Direitos Humanos.| Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nomeou nesta segunda (9) o novo “número 2” do Ministério dos Direitos Humanos (MDH) após a demissão do ministro Silvio de Almeida e a demissão da secretária-executiva Rita de Oliveira, que pediu exoneração também na última sexta (6).

A secretaria-executiva da pasta passa a ser ocupada interinamente por Cilair Rodrigues de Abreu, que atualmente trabalha com a ministra Esther Dweck no Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI). Ela está acumulando também interinamente o comando dos Direitos Humanos enquanto Lula decide quem serão os novos ocupantes em definitivo dos cargos – a expectativa é de que algum membro do PT levará a pasta.

A nomeação de Abreu foi publicada no Diário Oficial da União (veja na íntegra) e é assinada por Lula e por Esther. Ele trabalha com a ministra desde que ela ocupou o cargo de secretária de Orçamento no governo de Dilma Rousseff (PT).

Cilair Abreu é secretário de Serviços Compartilhados do MGI, economista e servidor de carreira responsável pela parte administrativa de 13 ministérios – incluindo o dos Direitos Humanos.

Por outro lado, a saída de Rita de Oliveira junto de Almeida não teve os motivos apresentados. Ela era o braço direito do ministro demitido sob a suspeita de assédio sexual contra várias mulheres, entre eles a ministra Anielle Franco, da Igualdade Racial.

Na última sexta (6), ela se pronunciou pouco depois da demissão de Almeida por Lula, se colocando à disposição das investigações que serão conduzidas tanto pela Polícia Federal, que deve começar a colher depoimentos nesta semana, como pela Comissão de Ética da Presidência da República.

Silvio Almeida classificou as denúncias como “mentiras” e gravou um vídeo se defendendo, afirmando que são “ilações absurdas” sem provas, com o “único intuito de me prejudicar, apagar nossas lutas e histórias, e bloquear o nosso futuro”.

“Há um grupo querendo apagar e diminuir as nossas existências, imputando a mim condutas que eles praticam. Com isso, perde o Brasil, perde a pauta de direitos humanos, perde a igualdade racial e perde o povo brasileiro”, afirmou.

O mesmo tom foi usado pela esposa dele, Ednéia Carvalho, que atribuiu ao “racismo” as denúncias feitas à ong Me Too. Os ataques, diz, são “baseados em mentiras, ressentimento e racismo” contra ele e “sua equipe ministerial”.

“Um homem negro uma mulher negra estão sendo acusados de serem arrogantes e autoritários. É sempre assim. A branquitude (sic) não aceita a negritude com poder”, disparou.

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