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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a fazer declarações questionáveis sobre violência contra mulher. Ele já acumula uma série de declarações controversas que geraram repercussões negativas para seu governo e para o Brasil.
Nesta sexta-feira (2), o petista afirmou que uma mulher sem profissão será dependente dos outros e, se não se precaver, será agredida pelo marido. A declaração foi feita na cerimônia de anúncio de ampliação do programa Pé-de-Meia, em Fortaleza (CE), a uma plateia repleta de estudantes.
"Uma mulher sem profissão vai ficar a vida inteira dependente dos outros. Vai casar e, se não tomar cuidado, o marido vai agredi-la e ela vai ficar com ele porque precisa dar comida para os filhos. Ninguém pode viver com alguém que seja violento contra mulher", disse Lula.
Na ocasião, o presidente ainda acrescentou que se a mulher tiver um emprego, vai estar com alguém "não porque precisa de um prato de comida".
"Uma mulher que é bem formada, que se chegar em casa e o marido for daqueles bem ranzinza, fala o seguinte ‘não sou sua empregada, sua filha, sou sua mulher. Se não me tratar com respeito, vou embora’", afirmou Lula.
A fala vem sendo considerada machista, gerando uma enxurrada de críticas nas redes sociais e em setores da sociedade. Ainda não há um posicionamento do governo sobre a nova declaração .
Lula diz que existe internet que ensina "caminho de Jesus e o de Lucífer"
Ainda no mesmo evento, nesta sexta (2), o presidente Lula também declarou que existe a internet “que quer ensinar o caminho de Jesus” e a que “quer ensinar o caminho de Lúcifer”.
“Tem a internet do bem e a internet do mal. Tem a internet que quer construir e tem a que quer destruir. Tem a que quer nos ensinar o caminho de Jesus e tem a que quer nos ensinar o caminho de Lúcifer”, disse.
Posteriormente, o petista ainda acrescentou que “tem internet que fala a verdade e internet que fala mentira. Tem a que está preocupada com o aprendizado”.
Ao falar sobre a internet, Lula tenta reforçar a sua preocupação sobre o que é publicado no meio virtual. A fala também vem sendo apontada como uma forma dele tentar se aproximar da religião ou de pautas conservadoras.
Gafes de Lula
Desde o início do ano, o presidente tem cometido diversas gafes. Uma delas, foi em julho, quando ele condenou a violência doméstica, mas, disse que "se o cara for corintiano, tudo bem". A fala ocorreu antes de um anúncio relacionado ao setor da indústria de alimentos.
A frase foi duramente criticada, sendo vista como machista e insensível ao problema da violência doméstica. A declaração gerou indignação entre ativistas dos direitos das mulheres e recebeu ampla cobertura negativa na mídia, com muitos destacando a necessidade de um discurso mais responsável sobre temas tão sérios.
Na época, após a repercussão negativa, o Palácio do Planalto divulgou uma nota afirmando que "em nenhum momento o presidente Lula endossa ou endossou" a violência contra as mulheres.