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A falta de um posicionamento dos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), respectivamente, sobre as falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no final de semana fizeram o presidente do partido Novo, Eduardo Ribeiro, cobrar por uma resposta clara.
Lula afirmou durante uma entrevista coletiva realizada na Etiópia que “o que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existiu em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu. Quando Hitler resolveu matar os judeus”, comparando o conflito atual com o Holocausto.
Ribeiro classificou a fala de Lula como uma “agressão indefensável” ao povo judeu e disse que o silêncio de Lira e Pacheco cria uma “conivência” com o presidente.
“O silêncio dos presidentes dos outros poderes diante da agressão indefensável de Lula ao povo judeu é uma vergonha para as instituições. É esse tipo de conivência que deixa Lula confortável para falar o que pensa, fazer o que quer, e seguir levando o Brasil rumo ao precipício”, afirmou Eduardo Ribeiro.
Além do presidente do partido Novo, deputados e senadores da oposição também criticaram Lula pelas declarações, entre eles o próprio grupo parlamentar temático das relações entre Brasil e Israel.
O senador Carlos Viana (Podemos-MG), que presidente o Grupo Parlamentar Brasil-Israel no Senado, condenou e considerou nesta segunda (19) as falas de Lula como "tendenciosas e desonestas", e que ele "apequena o Brasil no mundo da diplomacia".
“Declarações inconsequentes como esta, e outras nos últimos dias, mostram o desconhecimento histórico e a falta de equilíbrio para presidir o nosso país, reconhecido historicamente como uma nação negociadora da paz”, frisou.
Já o vice-líder da oposição na Câmara, Maurício Marcon (Podemos-RS), foi mais além e cravou a expressão “Lulazismo” e afirmou que não faz parte “dessa vergonha chamado (sic) governo Lula”.