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Lula
Cobrança foi feita ao ministro Márcio Macêdo para fiscalizar as ações e participação dos outros titulares da Esplanada.| Foto: reprodução/Canal Gov

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deu um puxão de orelha no ministro Márcio Macêdo, da Secretaria-Geral da Presidência da República, para que ele acompanhe e cobre dos outros ministros da Esplanada a fiscalização das ações que são lançadas pelo governo federal. A cobrança ocorreu no final da manhã desta quarta (10) durante o lançamento do Cataforte, um programa voltado aos catadores de materiais recicláveis que terá o investimento de R$ 425,5 milhões.

Com um tom duro durante o discurso, Lula afirmou que Macêdo precisa “assumir a responsabilidade” de gerenciar o Comitê Interministerial para Inclusão Social e Econômica (Ciisc), formado por vários ministérios para lançar diferentes programas. O presidente cobrou que os ministros participem de todas as reuniões promovidas, e não apenas das primeiras e que depois mandam representantes.

Ele cobrou que Macêdo ligue diretamente a eles para avisar quando tem as reuniões e que participem dos encontros.

“Eu disse pro Márcio: vocês criaram um comitê de vários ministérios pra cuidar dessa coisa pra saber se vai acontecer de verdade. Porque a gente não pode anunciar essa quantidade de investimentos dessa magnitude e a gente não ter um acompanhamento sistematizado pra gente saber se tá acontecendo cada passo. Porque, senão, daqui a pouco a gente recebe a notícia de que aquilo que foi anunciado não tá acontecendo”, disparou.

Lula cobrou de Macêdo que saiba mensalmente o que está acontecendo nas ações interministeriais, e que ainda tem dois anos e meio de mandato para realizar as ações anunciadas. Ele ainda disparou que é preciso “dar garantia” às pessoas de que o que está sendo anunciado efetivamente é realizado.

“Quando nós deixamos a presidência depois do impeachment da companheira Dilma Rousseff (PT), aquilo que eles [população] tinham que parecia garantido não foi garantido, porque entraram aqui um bando de destruidor que destruíram praticamente tudo que a gente tinha acertado com vocês durante longos 13 anos”, afirmou o presidente em referência às gestões petistas.

Essa não é a primeira vez que Lula dá um puxão de orelha nos ministros para participarem mais e promoverem as ações do governo. Em meados de março, o presidente cobrou uma participação mais ativa na divulgação as atividades das respectivas pastas  percorrendo o país. A crítica ocorreu após uma pesquisa de avaliação mostrar o aumento da desaprovação ao governo.

Mais recentemente, no mês passado, ele também cobrou os ministros a atuarem com mais agilidade no combate à criminalidade na Amazônia. “É importante que a gente apresse um pouco o processo de construção. Menos reunião, menos burocracia, menos papel. Fazer acontecer, porque o mandato é só de quatro anos”, disparou.

E não apenas Lula, mas também o líder do governo no Senado, o senador Jaques Wagner (PT-BA), que também cobrou uma atuação mais ativa dos ministros principalmente na articulação política.

“Reconheço que tem alguns que são mais afeitos a receber, outro menos. Não é favor nenhum ministro receber parlamentar. [...] Óbvio que o ministro tem uma pauta executiva para tocar, mas eu acho de bom tom separar meio dia na semana para ir desafogando. Não tem ninguém na vida pública que não tem que ser executivo e político”, disse.

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