O presidente da república Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse neste sábado (8) que vai exigir que os “países mais ricos” cumpram o compromisso de destinar 100 bilhões de dólares por ano para ações climáticas. A cobrança se justifica, segundo Lula, pois foram os "países ricos" que mais emitiram gases de efeito estufa na história. A fala foi feita durante a sessão de encerramento da Reunião Técnico-Científica da Amazônia, que aconteceu em Letícia, na Colômbia. A reunião é uma preparação para a Cúpula da Amazônia que será realizada em agosto, em Belém/Pará.
Sem citar quais seriam os países cobrados, Lula conclamou os líderes dos demais países amazônicos para apoiar as cobranças. “Vamos ter de exigir, juntos, que os países ricos cumpram seus compromissos, incluindo a promessa feita em Copenhague [capital da Dinamarca], em 2009, de 100 bilhões de dólares por ano para a ação climática. Afinal, foram eles que emitiram historicamente a maior parte dos gases do efeito estufa. Quem tem as maiores reservas florestais e a maior biodiversidade merece maior representatividade”, disse Lula.
O presidente Lula criticou ainda o fato de o Brasil ter que dividir uma cadeira no conselho do Fundo Global para o Meio Ambiente. “É inexplicável que mecanismos internacionais de financiamento, como o Fundo Global para o Meio Ambiente, que nasceu no Banco Mundial, reproduzam a lógica excludente das instituições de Bretton Woods. Brasil, Colômbia e Equador são obrigados a dividir uma cadeira do conselho do Fundo, enquanto países desenvolvidos, como Estados Unidos, Canadá, França, Alemanha, Itália e Suécia, ocupam cada um seu próprio assento”, enfatizou Lula se referindo ao Global Environment Facility (GEF), em português Fundo Global para o Meio Ambiente, que é um dos maiores financiadores de projetos ambientais no mundo.
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