O ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Novo-PR) criticou nesta segunda-feira (18) o discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante a posse do novo procurador-geral da República, Paulo Gonet. O mandatário afirmou que “não existe possibilidade de o Ministério Público achar que todo político é corrupto”. Para Dallagnol, Lula estaria defendendo que o Ministério Público Federal (MPF) jogue o “jogo da troca de favores e da impunidade”.
“É um conceito que se criou na sociedade brasileira de que qualquer denúncia contra qualquer político já parte do pressuposto de que é verdadeira. E nem sempre é… Se a gente quiser evitar aventuras como a que aconteceu neste país no 8 de janeiro… O MP precisa jogar o jogo de verdade”, disse o petista na cerimônia.
Dallagnol, que é ex-procurador da Lava Jato, enfatizou que é “óbvio” que não existe possibilidade de o MP “achar que todo político é corrupto”. “Ora, todo mundo concorda com isso! Só são corruptos aqueles que comprovadamente roubaram o país. No caso de Lula, por exemplo, mais de 20 procuradores e 10 julgadores entenderam que praticou corrupção e lavagem”, apontou o ex-deputado na rede social X.
O ex-procurador disse que o “jogo da verdade” ao qual Lula se refere é o “jogo da troca de favores e da impunidade”. Deltan ressaltou que o Ministério Público fiscaliza a lei e não participa de jogos políticos.
“Mas então por que Lula está falando isso? Preste atenção para o que ele diz em seguida: ele convida o Ministério Público para ‘jogar o jogo de verdade’!! Como assim? O MP não joga jogo, ele fiscaliza a lei! O que Lula quer dizer? Pra bom entendedor, meia palavra basta. Ele realmente quer dizer: joguem o jogo da velha política brasileira. É o jogo da troca de favores e da impunidade. Em resumo: não mexam com a classe política!”, afirmou o ex-deputado.
Durante o evento, Lula disse que não se deve condenar alguém antecipadamente. “Houve um momento neste país em que denúncias das manchetes falaram mais alto do que nos autos dos processos. E quando isso acontece, se negando a política, o que vem depois é sempre pior do que a política”, reforçou o presidente.
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