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Lula reage com ironia e evita comentar declaração de vitória de González
Lula pediu “calma” ao ser questionado sobre anúncio feito opositor de Maduro, que se autoproclamou presidente eleito da Venezuela.| Foto: André Borges/EFE.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) evitou comentar, nesta segunda-feira (5), a autodeclaração de vitória feita por Edmundo Gonzalez, opositor do ditador Nicolás Maduro nas eleições presidenciais da Venezuela. O petista, que cumpre agenda no Chile, foi questionado se tinha visto que o anúncio de González.

“Depois nós falamos, querida, calma. O cara nem tomou posse e você já quer que eu fale”, respondeu o mandatário brasileiro aos jornalistas ao deixar o hotel em Santiago. O vídeo do momento foi divulgado pelo portal Metrópoles.

No dia 28 de julho, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), controlado pelo regime chavista, anunciou a vitória de Maduro com 51% dos votos contra 44% do principal candidato da oposição. O órgão eleitoral não divulgou os comprovantes de votação, gerando desconfiança sobre o resultado do pleito.

Nesta segunda (5), González se autoproclamou presidente eleito da Venezuela. Ele e a líder oposicionista, María Corina Machado, divulgaram uma carta para pedir que as forças armadas e os policiais “fiquem ao lado do povo” venezuelano.

“Obtivemos 67% dos votos, enquanto Nicolás Maduro obteve 30%. Essa é a expressão da vontade popular. Vencemos em todos os estados do país e em quase todos os municípios”, diz o comunicado da oposição.

O governo brasileiro cobra a divulgação das atas eleitorais pelo CNE. No entanto, Lula normalizou a situação no país vizinho na semana passada.

Mais cedo, 30 ex-chefes de Estado pediram ao presidente brasileiro que seja mais firme na defesa da democracia diante das ações de maduro na Venezuela.

"O que está acontecendo é um escândalo. Todos os governos americanos e europeus sabem disso. Admitir tal precedente ferirá mortalmente os esforços que continuam a ser feitos com tanto sacrifício nas Américas para defender a tríade da democracia, do Estado e dos direitos humanos. Não exigimos nada diferente do que o próprio presidente Lula da Silva preserva em seu país", diz um trecho da carta conjunta.

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