O presidente Luiz Inácio Lula da Silva admitiu que o Brasil pode ter dificuldades para garantir a infraestrutura necessária para sediar a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Clima (COP 30), marcada para novembro de 2025 em Belém (PA).
Este será o primeiro evento do tipo a ser realizado em território amazônico e mobiliza autoridades municipais, estaduais e federais para assegurar condições adequadas de transporte, hospedagem e logística para a conferência.
“Nós convocamos a COP na cidade de Belém, que é um lugar muito especial na Amazônia. É um lugar em que a gente pode ter problemas, porque não tem toda a estrutura que tem em uma cidade grande como Paris, São Paulo, Londres, Madrid ou Nova York” afirmou Lula em uma entrevista a jornalistas de agências internacionais no Palácio da Alvorada nesta segunda (22).
A Conferência das Partes (COP) reúne delegações de 197 países que assinaram a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima, além de representantes da União Europeia, empresários, ONGs e governos subnacionais. Apesar de reconhecer as dificuldades, Lula garantiu que o evento não será transferido para outra cidade.
“A gente vai fazer lá mesmo, que é para as pessoas sentirem como é que vivem as pessoas que moram na Amazônia”, completou.
Os eventos principais, que contam com a presença de presidentes, primeiros-ministros e monarcas, duram cerca de uma semana, mas há meses de reuniões preparatórias envolvendo ministros, secretários, pesquisadores, ativistas e representantes do setor privado.
Com base em edições anteriores, espera-se que dezenas de milhares de pessoas estejam envolvidas na organização do evento. Esses participantes precisarão viajar até Belém, encontrar hospedagem, se deslocar até os locais de discussão, alimentar-se e, possivelmente, participar de passeios turísticos na região e de negociações paralelas à Cúpula.
A cidade corre contra o tempo para organizar a infraestrutura necessária, e recebeu R$ 1,3 bilhão de Itaipu Binacional, do governo do Pará e da prefeitura de Belém para investimentos.
Entre os recursos, estão obras em saneamento básico e ações ambientais e turísticas.
Durante a assinatura dos convênios, o governador Helder Barbalho indicou que a COP 30 em Belém não terá o mesmo luxo das edições anteriores realizadas em outras cidades, mas ressaltou a importância da escolha da cidade.
“Faremos a mais extraordinária COP de todos os tempos. Não queremos fazer a COP como fez Dubai. Quem queria hotel seis estrelas, quem queria prédio de 50, 70 andares, teve a oportunidade de viver essa experiência no ano passado em Dubai. Quem quiser ver os grandes rios, as grandes árvores e os povos da floresta, será em Belém do Pará, a COP da floresta,” destacou.
A festa da direita brasileira com a vitória de Trump: o que esperar a partir do resultado nos EUA
Trump volta à Casa Branca
Com Musk na “eficiência governamental”: os nomes que devem compor o novo secretariado de Trump
“Media Matters”: a última tentativa de censura contra conservadores antes da vitória de Trump
Triângulo Mineiro investe na prospecção de talentos para impulsionar polo de inovação
Investimentos no Vale do Lítio estimulam economia da região mais pobre de Minas Gerais
Conheça o município paranaense que impulsiona a produção de mel no Brasil
Decisões de Toffoli sobre Odebrecht duram meses sem previsão de julgamento no STF
Deixe sua opinião