A Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom) pretende reforçar a presença digital do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com mais de R$ 200 milhões para contratar quatro empresas especializadas em ações na internet em redes sociais, em 2024.
A licitação, que incluirá serviços de divulgação de propaganda institucional, impulsionamento de conteúdo e avaliação do impacto das campanhas online, será lançada ainda este ano segundo apuração da Folha de São Paulo publicada nesta terça (15).
O contrato não se limitará apenas à Presidência, mas se estenderá a outros ministérios do Palácio do Planalto, como Casa Civil, Secretaria-Geral da Presidência, Relações Institucionais e a Vice-Presidência da República. Ministérios sem contratos próprios para a administração de suas páginas nas redes sociais também devem se beneficiar desse acordo.
Embora o valor exato da licitação ainda não esteja definido, o ministro da Secom, Paulo Pimenta, esclareceu que estão em processo de levantamento das demandas de secretarias sob seu ministério e de outras pastas. A estimativa para os serviços em discussão gira em torno de R$ 240 milhões, segundo informações do governo.
“Não existe prefeitura, nem governo estadual do mundo que não tenha uma agência para cuidar da parte digital. Como é que se trabalha sem digital hoje”, questionou o ministro.
Inicialmente, a Secom enviou à Casa Civil um pedido de R$ 1,2 bilhão para o ano que vem, segundo informaram fontes ao jornal. O montante, no entanto, estaria descartado mesmo após Lula ter apontado a necessidade de aprimorar a comunicação governamental.
Esse movimento surge após a constatação de que não havia contrato para a execução da comunicação digital tanto para a Presidência quanto para grande parte dos ministérios. Atualmente, o Planalto temporariamente utiliza um contrato pré-existente do Ministério da Ciência e Tecnologia, no valor de R$ 20,5 milhões anuais, para manter suas páginas e monitorar as redes sociais.
A licitação em elaboração terá como foco o monitoramento de campanhas institucionais e de políticas governamentais. Paulo Pimenta enfatiza que o monitoramento individualizado de autores de posts não faz parte dos planos. Além disso, o ministro negou que postagens pessoais do presidente Lula se beneficiarão do processo de impulsionamento, alegando falta de previsão legal.
“Não podemos fazer conteúdo impulsionado na rede do presidente da República, porque só fazemos de conteúdo institucional. Não existe previsão legal jurídica para uma possibilidade de impulsionamento das redes do Lula”, disse.
A Secom não é a única a elaborar licitações para serviços de comunicação digital; o Ministério das Comunicações também está desenvolvendo uma. Na mesma linha, o Ministério da Saúde já firmou dois acordos em março para serviços similares. Como parte dos esforços de comunicação, o governo também planeja uma licitação para a realização de eventos presidenciais, como a parada de 7 de Setembro.
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