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O presidente Lula e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva
O presidente Lula e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva| Foto: EFE/ Andre Borges

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) abriu no final da manhã desta sexta-feira (26) uma reunião ministerial no intuito de conter os danos com as ministras Marina Silva (Meio Ambiente) e Sônia Guajajara (Povos Indígenas). O encontro ocorre a portas fechadas depois que as duas pastas tiveram suas funções esvaziadas pelo Congresso Nacional com aval do Palácio do Planalto.

Desta vez, a reunião é realizada com um protocolo atípico, em que a imprensa não foi permitida de registrar imagens e entrevistas no começo do encontro. Normalmente, o presidente fala aos jornalistas pouco antes de dar início às reuniões.

Além de Marina e Guajajara, a reunião de Lula no Planalto tem a presença dos ministros da Casa Civil, Rui Costa, da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta. Os líderes do governo Randolfe Rodrigues (Congresso), Jaques Wagner (Senado) e José Guimarães (Câmara) também estiveram presentes.

O desmonte das pastas gerou diversas críticas contra Lula, que foi acusado por aliados de abandonar a pauta ambiental e indígena na busca por apoio dentro do Congresso Nacional. As derrotas de Marina e Guajajara ocorreram nesta semana durante a votação na comissão mista da Medida Provisória que trata da reestruturação da Esplanada dos Ministérios.

Durante a votação do relatório do deputado Isnaldo Bulhões (MDB-AL), a liderança do governo não orientou voto contra o texto. A justificativa dos aliados de Lula é de que o Executivo tinha pressa na tramitação, já que a MP perderá sua validade no dia 1º de junho. A Medida Provisória ainda precisa ser votada nos plenários da Câmara e do Senado.

Entre outros pontos, a ministra do Meio Ambiente perdeu, por exemplo, as funções do Cadastro Ambiental Rural (CAR), responsável por controlar terras privadas e conflitos em áreas de preservação. Já a ministra dos Povos Indígenas perdeu as atribuições sobre as demarcações de novas terras indígenas, que foi para o guarda-chuva do Ministério da Justiça, comandado por Flávio Dino.

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