O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu com o príncipe herdeiro e primeiro-ministro da Arábia Saudita, Mohamed bin Salman. O encontro aconteceu logo após o encerramento da cúpula do G20, neste domingo (10), em Nova Délhi, na Índia. O monarca saudita ganhou notoriedade no país por conta das joias que deu de presente ao então presidente Jair Bolsonaro (PL).
O encontro durou cerca de 20 minutos e ocorreu um dia após o esperado. No sábado (9), Mohamed cancelou a reunião por conta de um imprevisto na agenda. Justificando o cancelamento, a presidência da República afirmou que recebeu da comitiva saudita a informação de uma “situação de urgência na delegação”.
Ambos os chefes de estado já tentaram um primeiro encontro em junho deste ano. Ao cumprirem compromisso oficial em Paris, na França, o príncipe convidou Lula e a primeira-dama Janja para um jantar. No entanto, esse evento foi cancelado em função da reação negativa que gerou. Na época, o Planalto justificou o cancelamento citando a “agenda intensa” de Lula.
No encontro deste sábado, o príncipe saudita também teria indicado a Lula que deseja ampliar investimentos no Brasil, na área de petróleo e gás e também nas fontes energéticas renováveis. Da parte de Lula, o chefe do Executivo brasileiro parabenizou o príncipe pela entrada da Arábia Saudita nos Brics. Além disso, a reunião serviu para acertar a viagem de uma delegação de empresários e autoridades sauditas ao Brasil para conhecer os projetos do Novo PAC, abertos a investimentos estrangeiros.
Figura controversa
Não é primeira vez que Mohammed bin Salman (que é conhecido também acrônimo MBS) aparece envolvido em polêmicas. Ele é suspeito de envolvimento no assassinato do jornalista saudita Jamal Khashoggi em outubro de 2018. O jornalista havia publicado reportagens nos Estados Unidos que faziam críticas ao príncipe.
Dados da Organização Saudita Europeia para os Direitos Humanos indicam que a Arábia Saudita teve 129 pessoas executadas por ano, de 2015 a 2022, uma alta de 82% em comparação com o período de 2010 a 2014. Organizações defensoras de direitos humanos, como a Anistia Internacional, relatam contínuas violações na Arábia Saudita.
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