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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que não está preocupado com o conflito entre Rússia e Ucrânia, pois enfrenta uma "guerra contra a 'extrema-direita'" no Brasil. A afirmação foi feita nesta quinta-feira (28), depois que jornalistas questionaram o que Lula e o presidente da França, Emmanuel Macron, comentaram sobre o conflito.
"Eu estou a tantos mil quilômetros de distância da Ucrânia que eu não sou obrigado a ter o mesmo nervosismo que tem o povo francês, o povo alemão, o povo europeu [...] Eu tenho muitas guerras nesse país [no Brasil] e, agora, uma verdadeira guerra para garantir o funcionamento das instituições democráticas e a sobrevivência da democracia, contra o totalitarismo, o autoritarismo, a "extrema-direita", contra a barbárie", disse Lula.
Os dois presidentes têm expressado opiniões opostas sobre os conflitos em curso no mundo. Enquanto Macron já prestou apoio militar e político à Ucrânia, Lula chegou a dizer que o país seria tão culpado pelo conflito quanto a Rússia, a nação invasora. O petista recebeu críticas internas e externas por causa desse posicionamento.
Ao lado de Lula, no Palácio do Planalto, Macron minimizou os posicionamentos antagônicos e afirmou que essencialmente os dois estão alinhados sobre o desejo pela paz na região.
O petista ainda criticou o que ele chamou de "paralisia alarmante e inexplicável" do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) em relação aos conflitos em curso no mundo. "A paralisia do Conselho de Segurança frente às guerras na Ucrânia e em Gaza é alarmante e inexplicável. As teses que questionam a obrigatoriedade do cumprimento da recente determinação de cessar-fogo em Gaza durante o Ramadã corrói mais uma vez a autoridade do Conselho", disse, em declaração à imprensa.