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Lula diz que pode tocar obras do governo em SP mesmo sem apoio de Tarcísio de Freitas

Lula
Governo vai realizar ato em SP na próxima semana para anunciar medidas ao estado mesmo se Tarcísio não comparecer. (Foto: reprodução/Canal Gov)

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pretende anunciar medidas do governo para o estado de São Paulo na semana que vem mesmo se não tiver o apoio do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), fiel aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Lula diz que irá ao estado entre terça (5) e quarta (6) logo após passar por Minas Gerais, e que vai anunciar investimentos em um ato com lideranças locais e com o governo do estado “se quiser participar”.

“Se não quiser participar, nós vamos fazer o ato do mesmo jeito. Mas, como somos civilizados, vamos fazer e vamos convocar o governador”, disse Lula na manhã desta terça (29) durante a live semanal. A transmissão teve picos de três mil pessoas assistindo.

Segundo o presidente, é importante que Tarcísio de Freitas participe do ato porque os “compromissos que vamos assumir são com ele também”, em referência às verbas públicas que serão destinadas do governo federal para o estado. Entre as medidas que devem ser anunciadas está a ferrovia entre Campinas e São Paulo, anunciada por Lula como exemplo durante a live.

A ferrovia foi indicada pelo governo do estado ao Novo PAC, lançado no começo de agosto, com 101 quilômetros de extensão e investimento previsto de R$ 12,8 bilhões. A previsão é de que o leilão para concessão seja realizado em novembro.

Lula vem tentando estreitar a relação com partidos do centrão -- entre eles o Republicanos -- para aumentar a base governista na Câmara dos Deputados. O partido aceitou o convite e indicou o deputado Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) para ocupar uma pasta na Esplanada dos Ministérios, mas ainda sem uma definição de qual será.

Uma delas pode ser a da Pequena e Média Empresa, anunciada por Lula também na live e que já vinha sendo ventilada nos bastidores do governo para abrir espaço ao centrão. Se confirmada, será a 38º pasta do governo.

A entrada do Republicanos no governo, no entanto, provocou um racha no partido entre os nomes mais alinhados a Bolsonaro. Internamente, parlamentares da legenda apelidaram o movimento de apoio a Lula de "bolsopetismo", e pode levar à saída de nomes como o próprio governador Tarcísio de Freitas, o presidente da CPI do MST, Luciano Zucco, e os senadores Hamilton Mourão e Damares Alves.

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