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Lula
Entre os recursos anunciados estão R$ 3,6 bilhões do Plano Safra e mais uma linha de financiamento em dólar para investimentos.| Foto: Ricardo Stuckert/Secom

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta terça (6) uma nova linha de financiamento do Plano Safra de R$ 3,6 bilhões através do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), durante a abertura da Bahia Farm Show, feira voltada à tecnologia agrícola na cidade de Luís Eduardo Magalhães (BA).

O anúncio dos recursos foi feito através do ministro Carlos Fávaro, da Agricultura, que também divulgou recursos para financiamento em dólar para a construção e ampliação de armazéns, obras de irrigação, compra de equipamentos, entre outros. São R$ 4 bilhões desta linha confirmada pouco depois pelo Ministério da Agricultura e Pecuária.

"A linha dolarizada parou de ser só para investimentos em máquinas. Ela é agora uma linha de crédito para programas. Tudo aquilo que o produtor tiver necessidade, quer seja compra de calcário, a conversão de pastagens em áreas de agricultura, todos os investimentos em máquinas, armazéns. Inclusive, a construção civil dessas obras será financiada por essa linha de crédito dolarizada", explicou Fávaro.

Durante a participação na feira, Lula voltou a repetir alegações de que a economia retraiu nos últimos anos na comparação com os governos do PT anteriores, e que suas gestões foram as que mais liberaram verbas ao agronegócio.

“Todo mundo precisa do governo, pequeno, grande e médio [produtor] precisa. Se não é o Estado colocar dinheiro, muitas vezes o agronegócio não estaria do tamanho que está para financiar as máquinas, a safra, garantir as exportações”, disse.

Lula ainda ressaltou que as críticas que costuma fazer não são contra os produtores que “trabalham corretamente”, e sim os que produzem em áreas com restrições como Caatinga, floresta amazônica, entre outros. “Agora, quem quiser agir como bandido e for desmatar, vai ter que sofrer as penas da lei, porque a gente vai preservar esse país”, completou.

“Por que eu poderia ser contra um produtor rural que quer terra pra trabalhar? Por que eu poderia ser contra um grande produtor que está produzindo e vendendo sua soja ou fazendo o Brasil voltar a plantar algodão?”, emendou o presidente.

A aproximação de Lula com o agronegócio ocorre após sucessivas declarações contra o setor, em que já chamou empresários de “fascistas e negacionistas”. Uma delas foi com a organização da Agrishow de Ribeirão Preto (SP) em abril, em que o ministro Carlos Fávaro não compareceu.

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