O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) retoma nesta quinta (6) a agenda de viagens pelo Brasil para participar de cerimônias de anúncio e inauguração de obras, além de já ter uma internacional programada ainda neste semestre.
A retomada da agenda ocorre após quase dois meses da cirurgia de emergência a que foi submetido, no final do ano passado, para conter um sangramento na membrana entre o crânio e o cérebro, ainda um rescaldo do acidente doméstico sofrido em outubro no Palácio da Alvorada.
As viagens fazem parte da nova estratégia do ministro-marqueteiro Sidônio Palmeira, da Secretaria de Comunicação Social (Secom), para tentar elevar a popularidade do governo em meio ao crescimento da insatisfação da população.
A essa estratégia se soma às recentes entrevistas que Lula tem concedido à imprensa, como a coletiva de imprensa surpresa na semana passada, a fala a três rádios de Minas Gerias na quarta (5) e a uma nova conversa com jornalistas nesta quinta (6) a duas emissoras da Bahia. E, ainda, a uma participação maior e mais informal nas redes sociais, além de falas mais frequentes dos ministros.
A retomada das viagens nesta quinta (6) começa com uma visita ao Rio de Janeiro para participar da cerimônia de reabertura do setor de emergência do Hospital Federal de Bonsucesso. Na sexta (7), o presidente viaja à Bahia para inaugurar obras hídricas em Paramirim, no Alto Sertão.
“Eu vou começar a viajar o Brasil. Estou começando a viajar amanhã [quinta, 6], viajo sexta-feira e, a partir da semana que vem, não pararei mais de viajar esse país para entregar obras, dar lançamento de início de obras e fazer a colheita”, disse Lula às rádios mineiras.
A viagem a Minas Gerais ainda não está programada, mas Lula aproveitou a entrevista para anunciar que já marcou uma ida ao Japão no dia 27 de março, que será emendada com uma visita ao Vietnã.
Ele ainda deve viajar para a Rússia, em maio, a convite do presidente Vladimir Putin para participar da celebração dos 80 anos da vitória na Segunda Guerra Mundial. Há a expectativa de um encontro com o líder russo para falar sobre a guerra na Ucrânia. A viagem, no entanto, ainda não está confirmada.
No mês passado, os dois presidentes conversaram por telefone e Putin se mostrou simpático à proposta feita pelo Brasil e a China para interromper o conflito.
