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Tragédia das chuvas

Lula vai ao Rio Grande do Sul com ministros, Arthur Lira e Rodrigo Pacheco

Lula sobrevoou regiões afetadas pelas chuvas (Foto: Reprodução/perfil Lula no X)

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desembarcou neste domingo (5) no Rio Grande do Sul pela segunda vez desde o início das enchentes que já deixaram mais de 70 mortos.

Lula sobrevoou algumas regiões afetadas ao lado do governador do estado, Eduardo Leite (PSDB). A comitiva do presidente da República contou com vários ministros e os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Além deles, também foram no Rio Grande do Sul o ministro Edson Fachin, do STF, e o presidente do Tribunal de Contas da União, Bruno Dantas.

Após o sobrevoo, as autoridades participaram de uma entrevista coletiva.

“É hora do Brasil ajudar o Rio Grande do Sul”, diz Lula

Em sua fala, o presidente da República voltou a prometer ajuda federal ao estado. Em relação à infraestrutura, o presidente afirmou que haverá auxílio para reconstrução de estradas.

“Eu sei que o estado do Rio Grande do Sul tem uma situação financeira difícil e eu sei que tem muitas estradas estaduais que estão com problemas. E eu quero lhe dizer para não ficar preocupado, porque o Governo Federal, através do Ministério dos Transportes, vai ajudar a recuperar as estradas estaduais”, disse Lula, falando ao governador Eduardo Leite.

Lula disse ainda que a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, está com o compromisso de apresentar um plano de prevenção contra tragédias provocadas pelo clima. “É preciso que a gente pare de correr atrás da desgraça. É preciso que a gente veja com antecedência o que pode acontecer de desgraça”, disse.

Ao final da fala, Lula fez elogios ao estado e disse que é hora de o Brasil ajudar os gaúchos. “O que nós estamos fazendo é dando ao Rio Grande do Sul aquilo que ele merece. Se ele sempre ajudou o Brasil, eu acho que tá na hora do Brasil ajudar o Rio Grande do Sul”, concluiu.

“É um cenário de guerra”, diz governador gaúcho

Na entrevista, o governador Eduardo Leite classificou como “um cenário de guerra” a situação do estado.

“Como cenário de guerra, vai ter que ter o tratamento também do pós-guerra. Por isso, a vinda do presidente da Câmara, presidente do Senado, presidente do Tribunal de Contas da União e dos ministros vai ser muito importante pra dar consciência da situação”, afirmou Leite.

O governador ainda fez um apelo para, segundo ele, evitar que sejam procurados culpados pela situação pela qual o estado passa. “Não é hora de procurar culpados, não é hora de transferir responsabilidade. A gente vai ter que trabalhar à altura do que o momento histórico nos exige”, disse.

Leite ainda informou que a água ainda deverá demorar a baixar.

Lira e Pacheco defendem medidas para ajudar o estado; “tirar a burocracia da mesa”

Em sua fala, o presidente da Câmara, Arthur Lira, defendeu que o Congresso Nacional elabore “uma medida totalmente extraordinária” para o auxílio às vítimas das enchentes.

“Essa semana será de muita negociação, de muito trabalho no Congresso Nacional e a resposta será dura, firme e efetiva, como foi na pandemia”, disse.

Lira ainda apelou para que divergências políticas sejam deixadas de lado neste momento.

“Existem momentos e momentos, temperamentos e temperamentos, mas as diferenças políticas precisam ficar bem ao lado, longe de qualquer polarização e politização”, disse o presidente da Câmara.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, também falou em união de esforços, passando por cima de diferenças ideológicas.

“O que vi hoje foi impactante, foi emocionante e gera, de fato, a todos nós um sentimento de profunda solidariedade e de profunda necessidade de uma união para além das divergências ideológicas, partidárias, políticas. O problema do Rio Grande do Sul nesse instante é o maior problema da vida nacional brasileira. Vamos enfrentá-lo.”, afirmou.

Pacheco também falou em “retirar da prateleira” a burocracia, para que o auxílio chegue ao Rio Grande do Sul.

“Nós estamos numa guerra e, numa guerra, não há limitações, não há restrições legais de tempos comuns. Há necessidade de retirar da prateleira e da mesa a burocracia, as travas, as limitações, para que nada falte ao Rio Grande do Sul para sua reconstrução”, concluiu.

Lula também falou que "não haverá impedimento da burocracia"

Também em sua fala, o presidente Lula comentou a necessidade de, segundo ele, evitar que a burocracia seja um entrave na ajuda ao estado do Rio Grande do Sul.

"Não haverá impedimento da burocracia para que a gente recupere a grandiosidade desse estado. Pode ficar certo disso", disse.

O próprio governador Eduardo Leite também havia tocado no tema. Ele falou sobre as dificuldades financeiras do estado, mesmo em tempos de normalidade, e sobre as medidas excepcionais que terão de ser tomadas. "Planos de trabalho precisarão ser feitos, licitações e contratações terão que ser abreviadas. Uma situação excepcional, à semelhança do que se fez para a pandemia no Brasil", defendeu.

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