O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) esteve no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, nesta quarta (7), para anunciar a construção de uma unidade do Instituto Federal de Educação na comunidade. A visita ocorre um ano e quatro meses depois do petista fazer campanha eleitoral no local utilizando um boné com a sigla “CPX”, que chegou a ser associada ao crime organizado na época.
A associação, no entanto, foi desmentida pela Polícia Militar do Rio pouco depois, em que afirmou que “CPX” é uma abreviação de “complexo”, em referência aos grupos de favelas dos complexos da Penha, da Maré, Chapadão, Salgueiro e o próprio Alemão.
Em um discurso de improviso, Lula não comentou o retorno à comunidade após mais de um ano da polêmica com o boné – que foi utilizado pela primeira-dama Janja Lula da Silva –, mas reclamou que a assessoria presidencial preparou o evento em um espaço pequeno, sendo que ele queria em uma área ao ar livre para 10 mil pessoas.
Ele afirmou que quer inaugurar a unidade daqui a um ano em uma cerimônia maior. “No ano que vem eu quero vir aqui e não quero fazer um ato pequeno. Eu não sabia, não deu tempo, foi muito em cima da hora [a visita desta quarta, 7], mas eu passei um corretivo no meu pessoal que vem na frente, que eu imaginava que a gente tivesse aí umas 10 mil pessoas”, disse se direcionando ao ministro Camilo Santana, da Educação.
Pouco antes, Janja fez um rápido discurso utilizando o adereço, em que fez questão de ressaltar que representantes dos moradores da comunidade fazem parte do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável do governo – conhecido também como “Conselhão”.
Durante o ato, Lula assinou decretos para repassar um terreno da União ao governo do estado para construir a sede do instituto e mais R$ 15 milhões em recursos para as obras – “eu quero voltar no ano que vem para inaugurar”, disse.
Ele ainda afirmou que está lançando novas unidades do Instituto Federal de Educação no estado e em Minas Gerais – que serão anunciados na quinta (8) com a presença do governador Romeu Zema (Novo-MG) – para alavancar a profissionalização principalmente nas comunidades mais pobres. Também disse que está implantando a política de tempo integral nas escolas mesmo a contragosto do PT no passado, valorização da carreira de professor, entre outros assuntos.
A presença de uma autoridade da República nos complexos de favelas do Rio de Janeiro também gerou discussão quando o ex-ministro Flávio Dino, da Justiça, subiu na Maré em março do ano passado. Na época, deputados criticaram o pouco efetivo de segurança para a visita dele, o que também levantou a suspeita de uma suposta ligação com o crime.
No entanto, o governo rebateu a afirmação e disse que a visita de Dino envolveu as polícias Federal, Civil e Militar no local.
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