O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), anunciou, neste sábado (8) que o Congresso decretou luto oficial de quatro dias em solidariedade "a todos os brasileiros afetados pela pandemia e às vítimas desta tragédia".
O anúncio, feito no Twitter, ocorreu depois que o Brasil ultrapassou a marca de 100 mil mortes por Covid (de acordo com o consórcio formado por veículos da imprensa). Com o luto oficial, as sessões na Câmara e no Senado só serão retomadas na quarta-feira. O Ministério da Saúde ainda não divulgou o boletim deste sábado. Na sexta-feira, o país tinha 99.572 vítimas da pandemia causada pelo coronavírus. O consórcio de imprensa formado por O Estado de S.Paulo, G1, O Globo, Extra, Folha de S.Paulo e UOL já anunciou, no início da tarde deste sábado, mais 538 óbitos, o que faria o país superar as 100 mil mortes.
"Hoje é um dos dias mais tristes da nossa história recente. O Brasil registra 100 mil vidas perdidas para a covid-19. O Congresso Nacional decreta luto oficial de 4 dias em solidariedade a todos os brasileiros afetados pela pandemia e às vítimas desta tragédia", escreveu Alcolumbre.
Em março, Alcolumbre foi diagnosticado pela covid-19 e permaneceu duas semanas em quarentena domiciliar. Ele retomou as atividades depois disso. O Senado, porém, realiza sessões remotas para evitar o risco de disseminação da doença no Congresso Nacional. A retomada dos trabalhos presenciais, inicialmente prevista para agosto, é incerta. Quando o País atingiu 10 mil mortes, o Congresso decretou três dias de luto.
"Não podemos nos conformar, nem apenas dizer #CemMilEdaí. São mais de 100 mil mortos; 100 mil famílias que perderam entes para a covid. Que a ciência nos aponte caminhos e que a fé nos dê esperança", escreveu o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro.
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PC do B), também repercutiu a marca de 100 mil mortes nas redes sociais. "Quem disse que poucos morreriam? Quem gerou aglomerações em passeios irresponsáveis? Quem sabotou uso de máscaras? Quem debochou das mortes, alegando não ser coveiro? Quem divulgou remédios "milagrosos", sem ser médico? São as perguntas do Tribunal da História para Bolsonaro", escreveu Dino.
Até a publicação deste texto, o presidente Jair Bolsonaro não havia se manifestado.
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