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Magno Malta
Senador diz que está se criando uma “cortina de fumaça” para encobrir decisões relativas à Lava Jato.| Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

O senador Magno Malta (PL-ES) disparou contra o ministro Alexandre de Moraes na quinta (8) por ter autorizado a operação da Polícia Federal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados mais cedo, que cumpriu mandados de prisão, busca e apreensão e medidas cautelares.

Ele afirmou que a ação é uma “cortina de fumaça” relativa às recentes decisões envolvendo investigados da Operação Lava Jato, mas que estaria sendo usada para criar narrativas com o objetivo de se chegar a Bolsonaro.

“Isso é um contorcionismo jurídico e virou contorcionismo de narrativas, coisas requentadas. Essa ‘cortinona de fumaça’ sobre a devolução dos bilhões roubados na Lava Jato e que estão sendo perdoados. [...] Isso é uma grande cortina de fumaça [...] eu sei que toda essa narrativa é para chegar em Bolsonaro, eles querem chegar em Bolsonaro, esse é o alvo”, disse.

Veja abaixo a fala completa do senador:

Ele se referiu às provas da Odebrecht que foram anuladas pelo ministro Dias Toffoli e a suspensão do pagamento das multas bilionárias da antiga empreiteira e do grupo J&F. Ainda segundo Magno Malta, Moraes deveria se declarar impedido de julgar casos envolvendo os atos de 8 de janeiro de 2023 e deles decorrentes.

“O ministro Alexandre de Moraes não está acima da lei, ele investiga, ele é o ofendido, ele é o juiz, ele acusa, o alvo era ele de ser morto e enforcado [segundo declarou em entrevista ao jornal O Globo publicada no começo do ano], então ele está impedido”, disse.

Magno Malta pediu que os demais ministros do STF intervenham nas decisões de Moraes, classificando-as como “ilegais”.

A operação Tempus Veritatis, deflagrada pela PF, teve como alvo 33 mandados de busca e apreensão e quatro de prisão preventiva. Entre os investigados estão ex-ministros, ex-assessores ligados ao governo de Bolsonaro e militares.

Bolsonaro entregou seu passaporte à PF, e outros alvos incluem o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, e o ex-ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira.

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