O afastamento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) é, atualmente, descartado pela maior parte da população. Levantamento do instituto Paraná Pesquisas divulgado neste sábado (30) mostra que apenas 38,8% dos brasileiros são favoráveis ao impeachment do chefe do Executivo. Na mão oposta, 56,4% são contrários ao afastamento.
Os dados indicam um cenário próximo ao registrado pelo instituto Datafolha em dezembro. Na ocasião, o levantamento revelou que 53% dos entrevistados eram contrários ao impeachment, e 42% defendiam o processo.
A pesquisa atual mostra, para Bolsonaro, uma melhoria do quadro constatado pelo instituto em abril do ano passado. Aquele levantamento mostrou que 42,9% dos entrevistados defendiam o impeachment, e 51,9% eram contrários.
À época, a pandemia do coronavírus estava em seus meses iniciais e Bolsonaro vivia o choque causado pela demissão do ex-ministro Sergio Moro, que deixou o cargo acusando o chefe do Executivo de tentar interferir politicamente na Polícia Federal.
Jovens querem impeachment; entre as mulheres, empate técnico
A rejeição ao impeachment foi identificada em quase todas as segmentações feitas pelo Paraná Pesquisas – divisões por idade, sexo, escolaridade, situação de emprego e região de moradia.
A exceção é a opinião do eleitorado mais jovem, entre 16 e 24 anos. Neste grupo, o impeachment é defendido por 53,5% dos entrevistados e rejeitado por 41,5%.
Entre todas as subdivisões elaboradas pelo instituto, a maior reprovação ao impeachment está entre os eleitores do sexo masculino. Menos de um terço dos homens (30,1%) são favoráveis ao impeachment; os contrários somam 64,8% dos entrevistados. Já entre as mulheres a opinião sobre o impeachment registra empate técnico: 46,6% das entrevistadas defendem o afastamento, e 48,8% rejeitam.
Metodologia
A pesquisa foi feita entre os dias 22 e 26 de janeiro, por meio de ligações telefônicas. O Paraná Pesquisas ouviu 2.002 eleitores, distribuídos por 204 municípios, em todos os estados e no Distrito Federal. A margem de erro é de dois pontos percentuais e o nível de confiança é de 95%.
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