O pastor Silas Malafaia e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em manifestação no Rio, em 2024.| Foto: reprodução/canal Silas Malafaia no YouTube
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O pastor Silas Malafaia e o presidente do partido Republicanos, o deputado Marcos Pereira, bateram boca nesta quarta (19) pela resistência do parlamentar ao projeto de lei que pretende anistiar os envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023.

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A discussão começou após Pereira afirmar, na terça (18), que o projeto não deveria ser votado agora para não influenciar as eleições de 2026. O Republicanos tem um pé na base do governo – o ministro Silvio Costa Filho (PE), na pasta de Portos e Aeroportos – e outro na oposição, do governador paulista Tarcísio de Freitas.

“Estou em um misto de indignação e vergonha. O pastor Marcos Pereira envergonha a Igreja Universal e todos os evangélicos. [...] Tem que ser muito cretino para falar isso. Nesta mesma entrevista ele diz que Lula está experiente e sabe fazer política”, disse em um vídeo publicado nas redes sociais na quarta (19).

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Malafaia ainda lembrou que Tarcísio é do Republicanos e estava na manifestação no Rio de Janeiro a favor da anistia, assim como a senadora Damares Alves (DF) e o general Mourão (RS). “Gente expoente do partido”, disparou.

“Essas pessoas, ou saem deste partido ou se posicionam veementemente contra ele”, emendou.

Não durou muito e Pereira respondeu a Malafaia, se dizendo “covardemente atacado” e que o pastor “exala e transpira ódio”.

“Esse ódio faz com que ele deixe de refletir e se manifestar com inteligência. Não me movo sob pressão. Muito menos com gritaria. Não é meu perfil. Minha posição nunca foi contra a anistia. Desafio Malafaia e quem quer que seja a encontrar uma manifestação pública minha contra ou a favor”, afirmou à CNN Brasil.

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O deputado seguiu na resposta a Malafaia, afirmando que o pastor “precisa se acalmar e parar de induzir a guerra enquanto muitos, incluindo a mim mesmo, têm trabalhado pela pacificação”.

A polêmica teve início após Pereira classificar o tema como “sensível” e que o Republicanos ainda não debateu oficialmente a questão. No entanto, em conversas individuais, o deputado disse ter percebido um “grande favoritismo” da bancada para apoiar a anistia, pois muitos consideram as penas aplicadas excessivas – mas, que essa não é uma posição oficial do partido.

Para Pereira, a discussão sobre a anistia pode afetar a governabilidade do país em 2026 e que o processo judicial ainda está em curso. Caso fosse aprovado pelo Congresso, diz, seria vetado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), retornando à Câmara e ao Senado.