Manifestantes contrários à eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) promoveram bloqueios em rodovias federais, avenidas e tentaram também bloquear a entrada de refinarias da Petrobras no Paraná e em São Paulo, entre a noite de domingo (8) e a madrugada de hoje (9). Também houve registro de bloqueio na Marginal Tietê, na capital paulista, uma das principais vias da capital paulista. Os atos ocorrem um dia após a invasão do Congresso, Planalto e STF, em Brasília.
Segundo informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), foram identificados bloqueios no km 667 da BR-277 em Medianeira, no Paraná. No Mato Grosso, três trechos da BR-163 seguem com bloqueio total, segundo a corporação: no km 689 em Lucas do Rio Verde, km 1038 em Matupá e no km 1067 em Guarantã do Norte. Também foi registrado um bloqueio na BR-163 em Sinop.
O Ministério Público Federal (MPF) encaminhou ofício à Polícia Rodoviária Federal (PRF) e à Superintendência da Polícia Federal em Mato Grosso (PF/MT) solicitando que, em caráter de urgência, realize todas as ações possíveis para desbloquear a rodovia BR-163 e outras vias federais que tenham sido obstruídas.
Em São Paulo, manifestantes colocaram fogo em pneus e bloquearam a pista na Ponte dos Remédios, na Marginal Tietê e prejudicaram o tráfego na rodovia Castello Branco. Segundo a CCR, concessionária que administra o trecho, o tráfego está congestionado entre os kms 18 e 13 na pista sentido São Paulo. A pista já está liberada.
Refinarias da Petrobras estão com acesso liberado
Segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP), além das tentativas de bloqueio de refinarias no Paraná e em São Paulo, também houve a movimentação de manifestantes em unidades do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.
No Paraná, a tropa de choque da Polícia Militar precisou ser acionada para desmobilizar um bloqueio montado na entrada da área de distribuição da Refinaria Getúlio Vargas (Repar), em Araucária, na Região Metropolitana em Curitiba. Manifestantes começaram a chegar ao local ainda na noite de domingo (8), com caminhões de terra para montar barricadas em frente ao portão, além de pedras retiradas do calçamento da via. Segundo o governo do estado, duas pessoas foram presas, e lideranças estão sendo identificadas.
Já em São Paulo, cerca de 30 manifestantes ocupavam as imediações da Refinaria Henrique Lage (Revap) pela manhã, abordando caminhões para evitar acesso à unidade. No entanto, diz a FUP, a Polícia Militar segue no local garantindo o acesso dos caminhoneiros.
Por outro lado, em Betim (MG), um pequeno grupo de cinco pessoas ocupou o canteiro central da via que dá acesso à Refinaria Gabriel Passos (Regap). As polícias municipal e federal e o Corpo de Bombeiros fazem o patrulhamento para evitar bloqueios.
Na Refinaria Duque de Caxias (Reduc), no Rio de Janeiro, houve movimentação de alguns poucos manifestantes durante a madrugada, que foram rapidamente dispersos segundo a FUP. A entidade informa que a Polícia Militar e o Batalhão de Choque estão presentes.
E na Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), em Canoas (RS), aproximadamente 10 manifestantes estão acampados na rótula em frente à unidade, monitorados pelas polícias Militar, Rodoviária Federal e o Batalhão de Choque. No entanto, não há bloqueio ao acesso de caminhões.
Mais cedo, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) encaminhou um ofício para autoridades alertando para manifestações nas refinarias da Petrobras em todo o país. “Estes possíveis atos podem colocar em risco os ativos da Petrobras, a integridade física dos trabalhadores destas unidades assim como o entorno destes ativos e comprometer o fornecimento de combustíveis para a população”, alertou a entidade no documento mesmo com um ofício do Ministério de Minas e Energia garantindo que o abastecimento de combustíveis estaria garantido.
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