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Um grupo de manifestantes e movimentos conservadores, da sociedade civil organizada, além de lideranças indígenas, realizou na tarde de quarta-feira (7) um ato público no auditório da Câmara dos Deputados para a leitura de uma carta aberta às instituições democráticas brasileiras.
Na mensagem lida pelos manifestantes, eles cobram as lideranças do Congresso e dão um prazo até essa quinta-feira, 8 de dezembro, para que o presidente Jair Bolsonaro (PL) e as Forças Armadas atuem para que, segundo eles, “seja restabelecida a harmonia e independência entre os poderes, com punição daqueles que, deliberada e recorrentemente, violam as leis e a Constituição”, diz a mensagem, que pede ainda a prisão do ministro Alexandre de Moraes.
Os manifestantes exigem também que o Senado dê prosseguimento aos processos de impeachment dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), segundo eles, responsáveis pelo esfacelamento da Constituição.
“Que sejam anuladas as eleições, manchadas pela falta de isonomia e pela parcialidade do Tribunal Superior Eleitoral, além dos diversos indícios de inconsistências nas apurações dos votos e que os poderes constituídos estabeleçam a realização de novas eleições com maior transparência, por meio do voto em cédulas de papel”, diz a carta, citando as irregularidades denunciadas pela campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas inserções das rádios.
“Caso não haja nenhuma posição do Senado ou do presidente da República ou Forças Armadas até a data de 08/12/2022, nós, o povo, sob a égide da soberania que nos pertence, passaremos a adotar medidas com impacto nacional. Estabelecemos a data de 10/12/2022 para a tomada de Brasília e a paralisação de todo o Brasil”, diz o texto lido pelo grupo na Câmara. “A partir dessa data estaremos organizados em milhões de patriotas reivindicando que o nosso país seja devolvido a quem ele pertence, o povo”, diz a carta.