Manifestantes foram às ruas neste sábado (29) para participar de atos contrários ao presidente Jair Bolsonaro em diversos pontos do país. Pela manhã houve registro de mobilizações em capitais como Rio de Janeiro, Recife, Florianópolis, São Luiz e também em Brasília. Outras cidades, como São Paulo e Curitiba, tiveram mobilizações à tarde. Os atos são organizados por sindicatos, partidos políticos e por frentes sociais de esquerda, como Povo sem Medo e Brasil Popular.
O verde e amarelo utilizado em 1º de maio, nas manifestações a favor de Bolsonaro, do voto auditável e pela liberdade de ir e vir durante a pandemia foram substituídos pelo vermelho e preto. A mobilização deste sábado pede o impeachment do presidente, o responsabiliza pelo avanço da pandemia e defende medidas sanitárias e sociais, como a aceleração da vacinação contra a Covid-19 e a retomada do auxílio emergencial de R$ 600.
Os participantes foram às ruas carregando faixas com palavras de ordem como "Fora Bolsonaro" e em alusão às mortes provocadas pela pandemia, que já ultrapassam 461 mil conforme dados compilados pelo Ministério da Saúde. Os manifestantes foram orientados nas convocações a usarem máscaras de proteção e manter distanciamento social durante o ato. Conforme registros realizados nas manifestações, o uso de máscara foi predominante, mas houve aglomerações.
Além das movimentações nas ruas, políticos da esquerda como o deputado Marcelo Freixo (PSOL-RJ), o senador Humberto Costa (PT-PE) e Guilherme Boulos (PSOL-SP) usaram as redes sociais para criticar Bolsonaro e convocar manifestantes.
"Estamos nas ruas em defesa da vida. O Brasil é governado pela morte. É a maior encruzilhada da nossa geração. Estamos nas ruas porque o Brasil é governado por uma coalizão entre um vírus e um genocida", disse Boulos via Twitter.
"Pela memória dos que se foram, pela dor das famílias despedaçadas, pelos que estão lutando pela vida, pela dignidade de quem está passando fome: FORA BOLSONARO!", afirmou Freixo.
Em São Paulo, os protestos começaram em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp), na avenida Paulista, às 16h. Perto das 18h, a manifestação saiu em caminhada pela via em direção à rua da Consolação, no sentido Centro.
No Rio de Janeiro, manifestantes começaram a se reunir às 10h deste sábado no Monumento Zumbi dos Palmares, na Avenida Presidente Vargas, no centro da cidade, o que levou a uma interdição parcial da avenida. Agentes de trânsito, guardas municipais e policiais militares acompanharam o protesto e orientaram o trânsito na região.
No Recife, segundo o portal G1 e diversas fontes, a Polícia Militar usou balas de borracha e gás lacrimogênio para dispersar manifestantes. Os protestos na capital pernambucana começaram durante a manhã e terminaram às 13h, informou o G1.
Em Brasília, conforme o portal UOL, uma carreata partiu do Palácio do Buriti e se reuniu com manifestantes que estavam na Esplanada dos Ministérios durante a manhã. O grupo se deslocou até o gramado próximo ao Congresso Nacional e começou a se dispersar às 12h30.
Em Curitiba, os protestos começaram às 15 horas, cobrindo parte da Praça Santos Andrade, em frente às escadarias do prédio histórico da Universidade Federal do Paraná.
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