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Na noite desta quarta-feira (2), manifestantes atenderam à convocação do movimento “Fora Moraes” e participaram de protestos pacíficos em três cruzamentos na Avenida Paulista, em São Paulo.
O ato é parte da nova estratégia do movimento, que promete ações menores e manifestações “surpresas” para manter a pressão pelo impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
De acordo com a organização do movimento, o objetivo dos pequenos protestos é “furar a bolha” e também manter a pressão sobre os senadores, especialmente do PSD, para fazer andar a pauta do impeachment.
“Estou muito feliz com o resultado da ação de ontem, uma ação bem pequena e praticamente sem custo, com um intuito estratégico de furar a bolha. Surpreendeu-me a resposta positiva das pessoas na rua”, disse Guilherme Sampaio, um dos líderes do movimento, ao conversar com a Gazeta do Povo.
Sampaio também informou que novas manifestações serão feitas ainda esta semana em São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG) e em algumas cidades do interior de São Paulo.
Nas manifestações organizadas pelo movimento são proibidas:
- faixas e dizeres que peçam o fechamento de instituições;
- ofendam a honra de pessoas;
- ou proponham soluções violentas e ilícitas.
Manifestação em Belo Horizonte
No último dia 29, o movimento realizou uma manifestação em Belo Horizonte (MG) para pressionar o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), a dar andamento aos pedidos de impeachment contra Moraes que se acumulam na Casa.
Vestidos predominantemente de verde e amarelo e com inúmeras faixas com os dizeres “Fora Moraes”, os manifestantes também trouxeram faixas com pedidos de respeito à democracia, com cobranças a Pacheco e com mensagens relacionadas a Elon Musk, que nos últimos meses tem se manifestado com frequência contra abusos do poder Judiciário brasileiro.
O local do protesto foi escolhido por ser o reduto eleitoral de Pacheco. O PSD, partido do presidente do Senado, também é alvo dos manifestantes, devido à falta de posicionamento da maior parte dos senadores da legenda sobre o impeachment do ministro.