A ex-deputada federal Manuela d’Ávila deixou oficialmente o PCdoB com críticas “por falta de opção”, segundo disse recentemente em uma entrevista. O partido oficializou a saída dela neste domingo (3) lastimando a decisão por sua “política justa da legenda comunista”.
Manuela foi vice de Fernando Haddad (PT) na tentativa de concorrer à presidência da República em 2018, quando o então ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi impedido de concorrer – foi preso em abril daquele ano por corrupção e lavagem de dinheiro em meio às investigações da Operação Lava Jato.
Em nota divulgada nas redes sociais, o PCdoB informou que a decisão partiu da própria ex-deputada, apesar de um “diálogo persistente e respeitoso” na tentativa de convencê-la a permanecer no partido.
Após mais de duas décadas de militância na sigla, Manuela d'Ávila afirmou recentemente sentir-se “sem partido” devido à “falta de opção” no cenário político. Ela disse que, após 25 anos no PCdoB, o sentimento era coletivo. “Não sou uma mulher sem partido por opção, eu sou por falta de opção”, enfatizou.
A nota oficial do PCdoB enalteceu a trajetória de Manuela, que atuou ainda como vereadora, deputada federal e estadual. O comunicado destacou que a ex-parlamentar é “uma liderança da esquerda e do campo progressista no Brasil”.
“Respeitamos, mas lastimamos tal decisão. Ser membro do PCdoB é um ato de liberdade e de convicções”, pontuou o partido.
Manuela saiu do PCdoB criticando, ainda, a atuação da esquerda brasileira, citando dificuldades em promover um debate mais aberto. É uma avaliação semelhante a de outros esquerdistas brasileiros principalmente após as eleições municipais de outubro.
“Sinto certa obstrução. Cada vez que a gente abre uma mesa sobre como avançar na esquerda, a gente escuta: ‘opa, estão ajudando o Bolsonaro’. Eu não tô. Quem nós nos tornamos nesse mundo em crise? Nos tornamos defensores de uma certa institucionalidade que nós, originalmente, deveríamos enfrentar”, pontuou.
STF decide sobre atuação da polícia de São Paulo e interfere na gestão de Tarcísio
Esquerda tenta mudar regra eleitoral para impedir maioria conservadora no Senado após 2026
Falas de ministros do STF revelam pouco caso com princípios democráticos
Sob pressão do mercado e enfraquecido no governo, Haddad atravessa seu pior momento
Triângulo Mineiro investe na prospecção de talentos para impulsionar polo de inovação
Investimentos no Vale do Lítio estimulam economia da região mais pobre de Minas Gerais
Conheça o município paranaense que impulsiona a produção de mel no Brasil
Decisões de Toffoli sobre Odebrecht duram meses sem previsão de julgamento no STF