O ex-governador de Goiás Marconi Perillo foi eleito nesta quinta-feira (30) como presidente do Diretório Nacional do PSDB durante sua 16° Convenção. Ele sucede o governador Eduardo Leite (RS) e será responsável por comandar a sigla em um momento de crise interna no partido.
"Estar na galeria desses ex-presidentes que tanto fizeram pelo partido é honra. Eu chego em momento difícil do partido. Bancadas reduzidas, um partido que precisa ainda ser implantado em vários lugares do país, estruturado, um partido que perdeu uma boa parte de seu eleitorado por conta dessa polarização esdrúxula que não levou o país a lugar algum", reconheceu Perillo em seu primeiro discurso como presidente do PSDB nacional.
A chapa encabeçada pelo ex-governador goiano recebeu 208 dos 214 votos dos convencionados. Já para o PSDB mulher, Cinthia Ribeiro foi reconduzia ao cargo por 49 dos 50 votos registrados.
Antes da votação, era esperado que Perillo, apoiado pelo deputado federal Aécio Neves (MG), disputasse com o ex-senador José Aníbal, aliado de Leite. No entanto, minutos antes da convenção começar, membros do partido confirmaram que não haveria disputa e que o ex-governador de Goiás seria o escolhido.
O PSDB vive uma crise interna que já data de eleições passadas. Só em São Paulo, principal reduto eleitoral, o partido perdeu 139 prefeituras, saindo de 180 prefeitos para 41. Além disso, o PSD de Kassab avança no estado ocupando espaço do antigo tucanato. Desde 2020, o partido ganhou 263 prefeituras, saltando de 66 em para 263 neste ano.
Durante a convenção, Leite reconheceu as divergências internas no partido e, apesar de não citar diretamente, alfinetou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“A gente tem dentro do nosso próprio partido, naturalmente, as disputas por espaço. Somos seres humanos, com todos os nossos feitos e todos os nossos defeitos. Nós não somos candidatos a mitos, nem a super-heróis, nem salvadores da pátria. Não. O PSDB é feito por homens e mulheres que têm compreensão das nossas próprias limitações da necessidade que nós tomamos forças”, disse o governador gaúcho.
E acrescentou: “Nós precisamos pensar na mesma coisa, e essa coisa não pode ser outra, se não o Brasil. Nós precisamos pensar no Brasil acima de tudo, inclusive do nosso próprio partido político. Para sermos um só Brasil, como desejamos, temos que ser capazes de arbitrar as nossas diferenças internas, as nossas posições diferentes e divergentes, dentro do nosso partido, e fazermos também um só PSDB.”
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