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O senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP) anunciou nesta terça-feira (29) que vai disputar a presidência do Senado em fevereiro de 2025. Pontes destacou que a decisão foi "pessoal", não do partido. O PL deve apoiar o senador Davi Alcolumbre (União-AP) na disputa.
Durante o discurso de lançamento de sua candidatura, o parlamentar disse que se dedicou “incansavelmente ao trabalho legislativo”, com a “missão de ajudar o desenvolvimento do país e a qualidade de vida dos brasileiros”.
“Contudo, apesar de todos os esforços, apesar das conquistas alcançadas, é impossível ignorar um sentimento crescente que ressoa não só entre meus eleitores, mas em todos os cantos do Brasil”, afirmou.
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Pontes foi ministro da Ciência e Tecnologia no governo de Jair Bolsonaro (PL). Em 2022, foi eleito senador por São Paulo com quase 11 milhões de votos. Engenheiro, foi o primeiro brasileiro a ir ao espaço, é tenente-coronel da reserva da Força Aérea Brasileira (FAB). Seu mandato termina em 2030.
“Venho assistindo ao desenrolar dos acontecimentos nesta Casa com um forte sentimento de urgência e de indignação. Precisamos ouvir a voz do povo, que clama por mudança. Estamos vendo o nosso Brasil, pelo qual juramos lutar, se perder em uma espiral de valores invertidos, onde criminosos são soltos e pessoas simples são condenadas a penas desproporcionais”, disse.
Ele admitiu que não tem “o apoio irrestrito dos partidos”, mas ressaltou que tem “o direito e, principalmente, o dever” de se apresentar e agir em nome “dos milhões de brasileiros que represento e que confiam” em seu trabalho.
“Nosso povo não quer mais discurso, não quer mais inércia, não estão interessados nos detalhes do processo legislativo ou dos acordos políticos. O povo quer ver o Senado cumprir sua função institucional. O povo quer mudanças e ação”, afirmou.
Partido de Pontes deve apoiar Alcolumbre na disputa pelo comando do Senado
O astronauta deve concorrer com o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Davi Alcolumbre (União-AP), que tem o apoio do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e é considerado o favorito para ocupar o cargo.
A expectativa é que o PL, partido de Pontes, apoie Alcolumbre na disputa em breve. Mais cedo, Bolsonaro esteve no Congresso e reforçou o posicionamento da legenda.
"Não tem condição. Ninguém está aqui para esconder a verdade de vocês. Nós sabemos da força do Alcolumbre, que deve ser o presidente [do Senado] no futuro. Nós, em 2023, jogamos com o Marinho e perdemos. Não temos espaço na Mesa Diretora e em comissões. A gente está quase como um zumbi, com todo o respeito ao trabalho que a bancada do PL [faz]", disse o ex-presidente.