A cantora Margareth Menezes confirmou nesta terça-feira (13), que aceitou o convite do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para assumir o Ministério da Cultura a partir do próximo ano. A declaração da artista ocorreu na sede do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) em Brasília, onde atua a equipe de transição de governo.
Segundo Menezes, ela "aceitou a missão" após conversar com o presidente eleito. Lula e a cantora se reuniram nesta manhã no hotel onde o petista está hospedado em Brasília.
"Foi uma conversa muito animadora para a gente que é da cultura. Nós conversamos e eu aceitei a missão. Recebo isso como uma missão, até porque foi uma surpresa para mim também", disse Margareth.
A pasta da Cultura, que foi extinta pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), será recriada por Lula a partir de janeiro de 2023. "O presidente disse que para ele é de uma importância muito grande, e que ele esta querendo fazer um Ministério da Cultura forte para atender aos anseios do povo da cultura e do Brasil pelo potencial da nossa cultura", completou.
Quem é Margareth Menezes
Com mais de 30 anos de carreira, Margareth Menezes tem mais de 10 álbuns lançados, quatro indicações ao Grammy, fez mais de 20 turnês internacionais e é uma das principais expoentes da música baiana no mundo. Mais velha de cinco irmãos, a filha da costureira Diva e do motorista Adelício nasceu em Salvador e ganhou uma guitarra em 1977, aos 15 anos, e tempos mais tarde passaria a cantar em bares da capital baiana.
Além da carreira musical, Margareth criou, em 2008, a Organização Não Governamental (ONG) Associação Fábrica Cultural, que atua nos eixos de Cultura, Educação e Sustentabilidade. A Fábrica Cultural passou a abrigar em 2014 o Mercado Iaô, que promove música, artes visuais, gastronomia, além de impulsionar o trabalho de mais de 100 artesãos e empreendedores criativos.
Margareth também é embaixadora do Folclore e da Cultura Popular do Brasil pela IOV/UNESCO e umas das personalidades negras mais influentes do mundo reconhecidas pela Mipad 100, da ONU, em 2021.
Após a eleição de Lula em outubro, Margareth foi anunciada para o grupo técnico para a transição (GT) da Cultura, ao lado do músico e poeta Antônio Marinho, a deputada federal Áurea Carolina (PSOL-MG); o ex-ministro da pasta Juca Ferreira; a atriz Lucélia Santos; e Márcio Tavares, secretário Nacional de Cultura do PT. Seu nome foi crescendo como uma das possíveis opções para o ministério junto ao de outros artistas, como Daniela Mercury, Marieta Severo, Chico César e Emicida.
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