A futura ministra da Cultura Margareth Menezes, anunciada recentemente pelo presidente eleito Lula (PT), acumula dívidas com órgãos públicos que superam R$ 1 milhão, incluindo a Receita Federal, a Previdência e, inclusive, débitos com a própria pasta que irá ocupar. O Ministério da Cultura pede a devolução de recursos repassados para uma ONG fundada pela cantora, acusada de irregularidades apontadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). As informações foram reveladas na quinta-feira (15) pela revista Veja.
Segundo a publicação, a ONG Associação Fábrica Cultural, fundada por Margareth Menezes em Salvador (BA), foi condenada a devolver R$ 338 mil aos cofres públicos por supostas irregularidades encontradas em um convênio assinado com o Ministério da Cultura em 2010, último ano do segundo governo Lula. Na ocasião, os valores repassados pelo governo federal para a ONG teriam sido usados para promover um seminário sobre culturas identitárias.
Tempos depois, ao fiscalizar a prestação de contas apresentada pela ONG, técnicos do TCU identificaram diversas irregularidades, como a cotação fictícia de preços, contratação de serviços sem detalhamento, pagamentos por serviços não realizados, superfaturamento de compras e pagamentos para pessoas com vínculos na administração pública.
O TCU identificou ainda um pagamento suspeito feito pela ONG fundada por Menezes no valor de R$ 120 mil para uma empresa que tinha em seu quadro societário duas diretoras da própria Associação Fábrica Cultural, fundada pela cantora. Em dezembro de 2020 o órgão de fiscalização condenou a ONG a devolver os recursos repassados pelo governo federal, o que nunca aconteceu. Em razão disso, a entidade teve o nome inscrito no Cadastro de Inadimplentes (Cadin), o que a impede de assinar novos convênios e contratos com a administração pública. A Procuradoria-Geral da União (PGU) também tenta reaver os recursos na Justiça.
A Receita Federal também cobra R$ 1,1 milhão por impostos não recolhidos de duas empresas administradas por Margareth Menezes. Auditores descobriram que as empresas da futura ministra recolhiam as contribuições para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) de seus empregados, mas não repassava os valores para a Previdência Social, o que é crime. Procurada pela reportagem da revista Veja, a cantora não se pronunciou sobre as acusações até o momento. Já o advogado da ONG administrada pela cantora afirma que vai recorrer da decisão do Tribunal de Contas da União (TCU), pois o caso prescreveu.
Câmara aprova regulamentação de reforma tributária e rejeita parte das mudanças do Senado
Mesmo pagando emendas, governo deve aprovar só parte do pacote fiscal – e desidratado
Como o governo Lula conta com ajuda de Arthur Lira na reta final do ano
PF busca mais indícios contra Braga Netto para implicar Bolsonaro em suposto golpe
Triângulo Mineiro investe na prospecção de talentos para impulsionar polo de inovação
Investimentos no Vale do Lítio estimulam economia da região mais pobre de Minas Gerais
Conheça o município paranaense que impulsiona a produção de mel no Brasil
Decisões de Toffoli sobre Odebrecht duram meses sem previsão de julgamento no STF