Ao depor na CPI das ONGs, nesta segunda-feira (27), a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, culpou o crime organizado pela violência registrada em ações de desintrusão deflagradas pelo governo Lula contra famílias de produtores rurais que ocupam, há décadas, áreas que foram consideradas indígenas na região amazônica e comparou agricultores expulsos de terras demarcadas com invasores do Movimento Sem-Terra (MST), grupo conhecido pelo uso de táticas terroristas.
Marina compareceu à Comissão para explicar a ligação da sua pasta com ONGs ambientalistas que atuam na Amazônia e para falar sobre as ações da sua pasta.
Logo no início da sessão, ao ser questionada pelo presidente da CPI, senador Plínio Valério (PSDB-AM), se valeria a pena penalizar a geração atual em nome de um futuro hipotético, Marina não se sensibilizou com vídeos mostrando o desespero de famílias que foram expulsas de suas casas e reiterou o seu compromisso com as florestas e os territórios indígenas.
“Pela força da lei deve ser feita a desintrusão, mas existem forças criminosas que tentam manipular as pessoas simples para que elas resistam em custo de sua vida e muitas delas fazem um cálculo entre resistir ao crime organizado ou resistir ao Estado, porque sabe que o Estado vai ter responsabilidade, mas o Estado não pode ser conivente com a ilegalidade [...] Mas, a terra indígena tem que ser respeitada naquilo que é a função para a qual foi criada. Por que nós achamos que quando o MST invade uma fazenda com trabalhadores rurais sem-terra, a Justiça deve dar a reintegração de posse para o proprietário e quando alguém invade a terra indígena, ele deve ficar?”, disse a ministra.
Veja o trecho da sessão com a fala da ministra
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