Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Ministra de Meio Ambiente

Marina quer “autoridade climática” sob seu comando com poder de punição

Marina quer “autoridade climática” sob seu comando com poder de punição
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

Ouça este conteúdo

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, trava uma disputa interna no governo para colocar sob o comando da sua pasta a Autoridade Climática criada recentemente pelo presidente Lula (PT).

A ministra espera a constituição de uma “instituição de formulação de política, proposição de regras, de fiscalização e punição”, que esteja sob comando técnico.

As declarações foram dadas durante entrevista concedida ao jornal Valor Econômico e publicada nesta segunda-feira (23).

VEJA TAMBÉM:

Anunciada no último dia 10 de setembro por Lula, a criação de uma “autoridade climática” era uma das principais promessas de campanha do petista.

Apesar da promessa, a agência em si não avançou e sequer foi citada na reestruturação da Esplanada no começo da nova gestão. 

De acordo com Lula, o foco na nova estrutura deve ser na “adaptação e preparação para o enfrentamento desses fenômenos [climáticos extremos]”.

Ao Valor Econômico, a ministra Marina Silva defendeu a vinculação da nova agência à pasta do Meio Ambiente para evitar que a estrutura sofra alterações no caso de mudança na Presidência da República.

“Eu fico pensando uma estrutura ligada ao gabinete do presidente da República... E se mudar o presidente, e o presidente não quiser essa instituição ligada a ele?”, disse Marina.

“Terrorismo climático”

Questionada sobre o que quis dizer quando cunhou o termo “terrorismo climático”, Marina disse que se referiu a uma aliança metafórica entre o crime e um evento climático.

“Não tem nem palavras para dizer o que tá acontecendo no Brasil, é algo aterrador. Então, metaforicamente, é uma aliança do crime com um evento climático extremo, onde existem pessoas que deliberadamente estão tocando fogo em floresta, em pastagem e em lavouras. Não só o Pantanal, a Amazônia e o Cerrado”, afirmou a ministra.

“De repente, a gente é surpreendido com uma ação, como no caso de São Paulo, em que das 10h45 às 13h, 17 municípios estavam pegando fogo. E esse fogo depois foi sendo alastrado para mais de 300 municípios. Ou seja, tem um fogo que está sendo feito com a intenção de queimar”, completou.

VEJA TAMBÉM:

Use este espaço apenas para a comunicação de erros