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Nesta quinta-feira (25), ao comentar sobre as recentes operações policiais contra integrantes da oposição, o senador e líder da oposição no Congresso, o senador Rogério Marinho (PL-RN), disse ter conversado com os presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), sobre os avanços das ações de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre as prerrogativas do Parlamento.
Marinho também disse que irá procurar outros líderes no Congresso para debater a situação e buscar meios de restabelecer o equilíbrio entre os Poderes.
“Iniciamos o ano com a busca e apreensão feita no gabinete do deputado Carlos Jordy em função de uma conversa telefônica ocorrida no final de 2022, onde ele é chamado pelo seu interlocutor de ‘meu líder’. E isso serviu como instrumento necessário para caracterizar e permitir uma busca e apreensão no seu gabinete e na sua residência. Há uma coincidência, o deputado Jordy é líder da oposição da Câmara Federal, quem preside o inquérito é o ministro Alexandre de Moraes, e ele (Jordy) é pré-candidato a prefeito de Niterói. Hoje, uma nova busca e apreensão e um outro inquérito contra o deputado Alexandre Ramagem, que também é do PL e pré-candidato a prefeito, na cidade do Rio de Janeiro”, disse Marinho.
O senador também ressaltou que as suspeitas lançadas contra Ramagem datam da época em que ele era diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e, por isso, não poderiam servir como justificativa para uma operação agora, durante o mandato do parlamentar, segundo entendimento do próprio STF sobre o foro privilegiado.
“Há uma clara ultrapassagem do limite constitucional que foi definido pelo próprio Supremo Tribunal Federal. Estamos preocupados com essa situação porque se estabeleceu um padrão. O advogado Kakay (Antônio Carlos de Almeida Castro) , recentemente, publicou em uma live que 18 parlamentares, em algum momento, sofrerão alguma forma de ação por parte do STF nos próximos dias”, disse Marinho ao destacar a proximidade de Kakay, um advogado ligado ao PT, com ministros da Suprema Corte.
Recentemente, o senador Rogério Marinho afirmou que o país não vive em estado de normalidade democrática.
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