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Senador Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição no Senado Federal| Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senad

O senador líder da oposição do Senado, Rogério Marinho (PL-RN), pediu ao Tribunal de Contas da União (TCU) que investigue “possível ilegalidade na utilização de recursos públicos no chamado ‘gabinete da ousadia’", supostamente mantido pela Secom.

A existência do gabinete foi revelada no início desta semana em reportagem do jornal O Estado de São Paulo (Estadão).

Na representação enviada ao TCU, o senador disse que a estrutura criada no âmbito da Secom “com atuação organizada e com aporte de recursos públicos e privados” tem a missão de “criar, divulgar e organizar movimentos de propagação de notícias falsas e de disparos em redes sociais contra adversários políticos do governo Lula, autoridades públicas e instituições”.

Segundo o Estadão, o “gabinete da ousadia” funciona sob o comando da Secretaria de Comunicação Social (Secom) com a integração do mesmo time de redes sociais que atuou em favor de Lula durante as eleições de 2022.

De acordo com a reportagem, integrantes da Secom realizariam reuniões diária com equipes do PT para “definir assuntos e abordagens” usados pelos perfis petistas para tentar pautar as redes.

“Acionamos o TCU para investigar o 'Gabinete do Amor' de Lula e suspender imediatamente suas ações! É preciso apurar as suspeitas de aparelhamento do Estado pelo PT e do culto à personalidade de Lula com seu projeto de poder. O presidente fala muito em combater fake news, mas os fatos indicam que é o PT quem promove fake news e ataques a adversários políticos. Afinal, foi o PT que lançou uma megalicitação para contratar serviços digitais e produzir relatórios sobre todos os cidadãos brasileiros, um risco à integridade e à democracia”, escreveu Marinho em uma publicação na rede social X, nesta quarta-feira (12).

Ao conversar com a Coluna Entrelinhas, da Gazeta do Povo, sobre a revelação do gabinete, a deputada federal Julia Zanatta (PL-SC) questionou se a atuação do grupo será incluída no polêmico inquérito das milícias digitais.

“Quando era mobilização em prol do governo Bolsonaro era 'gabinete do ódio' e 'milícia digital', e agora? Será que o Alexandre de Moraes vai incluí-los nos inquérito das milícias, das 'fake news'?", questionou a deputada.

Já a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) encaminhou um ofício ao ministro Alexandre de Moraes para que o influenciador petista Thiago dos Reis seja incluído no inquérito das “milícias digitais” - que foi prorrogado pela 10ª vez. O pedido também se baseia na apuração do Estadão, que revelou que Reis alcança grande audiência com vídeos que misturam desinformação e agressividade contra adversários políticos, beneficiando o governo Lula.

De acordo com o Estadão, o youtuber de 36 anos é filiado ao PT e conhecido pelo canal Plantão Brasil, que acumula mais de 1 bilhão de visualizações no YouTube desde 2017.

Embora negue receber dinheiro ou informações do governo, Reis afirmou que seu canal defende a democracia, ao contrário do suposto “gabinete do ódio”

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