Advogado de Mauro Cid vai se encontrar com Alexandre de Moraes na quinta-feira

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O advogado Cezar Bitencourt, que defende o tenente-coronel Mauro Cid, vai ter uma reunião com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na tarde de quinta-feira (24). O agendamento do encontro foi confirmado pela Corte à Gazeta do Povo e será às 16h15, com 15 minutos de duração.

Bitencourt vai se apresentar ao magistrado para colaborar com as investigações no inquérito que apura a venda de um relógio Rolex nos Estados Unidos que teria sido recebido de presente pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e devolvido à União após uma ordem do Tribunal de Contas (TCU) em abril deste ano.

Em um primeiro momento, Bitencourt pretendia se encontrar com Moraes na tarde de segunda (21), mas precisou seguir o protocolo de agendar previamente o horário.

O encontro já havia sido indicado por Bitencourt na última semana, quando afirmou que Cid iria prestar mais esclarecimentos sobre a venda do artefato. “Pretendo agendar um encontro com o ministro para me apresentar como novo advogado do tenente-coronel Mauro Cid e demonstrar a boa vontade do meu cliente em relação às investigações da Polícia Federal”, disse em entrevista ao jornal O Globo publicada na segunda (21).

Inicialmente, o jurista tinha dito que o militar traria esclarecimentos sobre todo o caso do suposto desvio de joias e presentes recebidos pelo ex-presidente. No entanto, afirmou que houve um equívoco e que a colaboração seria especificamente sobre o relógio. Cezar Bitencourt também negou a possibilidade de fazer um acordo de delação premiada de Mauro Cid com a Justiça.

“Ele terá uma postura colaborativa, mas tome cuidado com essa palavra. Não podemos confundir isso com a intenção de realizar qualquer acordo de delação premiada, porque repito sempre que isso não está nos nossos planos”, completou.

Bitencourt disse que se reuniu com Mauro Cid no último sábado (19) pela segunda vez e que o militar está “bem, forte e firme”. O tenente-coronel está preso preventivamente há quatro meses, e teve as visitas do pai, o general Mauro Cesar Lourena Cid, proibidas pelo ministro Alexandre de Moraes.

Lourena Cid é apontado pela Polícia Federal como um dos articuladores do suposto esquema de venda dos presentes nos Estados Unidos, e foi alvo de mandados de busca e apreensão na semana retrasada. Bitencourt afirmou que pode assumir a defesa dele se for preciso.