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Caso das joias

Advogado de Mauro Cid descarta delação premiada e pode assumir defesa de general

Mauro Cid
Cezar Bitencourt diz que Mauro Cid não fará delação premiada na investigação sobre o suposto desvio de joias e presentes do governo Bolsonaro. (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

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O advogado Cezar Bitencourt, que assumiu a defesa do tenente-coronel Mauro Cid, na semana passada, diz que não tem planos de fazer uma delação premiada no caso envolvendo o suposto desvio de joias e presentes dados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante o governo. Ele confirmou, ainda, que irá ao Supremo Tribunal Federal (STF) na tarde desta segunda (21) para pedir uma reunião com o ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito na Corte.

Bitencourt reafirmou que Cid pretende esclarecer as circunstâncias apenas da venda do relógio Rolex que foi vendido nos Estados Unidos e recuperado após determinação do Tribunal de Contas da União (TCU) para ser integrado ao patrimônio da União, em meados de abril, descartando que uma possível “confissão” – como chegou a afirmar na semana passada – seja concretizada.

Cezar Bitencourt chegou a dizer no fim de semana, em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, que pode dar 20 ou 30 versões sobre a suposta “confissão”, mas que a real intenção não será divulgada, já que faz parte da estratégia de defesa do ex-ajudante de ordens.

“Pretendo agendar um encontro com o ministro para me apresentar como novo advogado do tenente-coronel Mauro Cid e demonstrar a boa vontade do meu cliente em relação às investigações da Polícia Federal. Ele terá uma postura colaborativa, mas tome cuidado com essa palavra. Não podemos confundir isso com a intenção de realizar qualquer acordo de delação premiada, porque repito sempre que isso não está nos nossos planos”, disse em entrevista ao jornal O Globo publicada nesta segunda (21).

Bitencourt disse que se reuniu com Mauro Cid no último sábado (19) pela segunda vez, e que o militar está “bem, forte e firme”. O tenente-coronel está preso preventivamente há quatro meses, e teve as visitas do pai, o general Mauro Cesar Lourena Cid, proibidas pelo ministro Alexandre de Moraes.

Lourena Cid é apontado pela Polícia Federal como um dos articuladores do suposto esquema de venda dos presentes nos Estados Unidos, e foi alvo de mandados de busca e apreensão na semana retrasada. Bitencourt afirmou que pode assumir a defesa dele se for preciso.

“Ele [Lourena Cid] está muito tranquilo e também confiando na nova defesa. Não adiantei para ele qual será a nossa estratégia porque isso só diz respeito a mim e ao meu cliente. Mas é claro que, como ele também está sendo investigado, se necessário for, também serei seu advogado”, completou o advogado.

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