O advogado Cezar Bitencourt, que assumiu a defesa do tenente-coronel Mauro Cid, na semana passada, diz que não tem planos de fazer uma delação premiada no caso envolvendo o suposto desvio de joias e presentes dados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante o governo. Ele confirmou, ainda, que irá ao Supremo Tribunal Federal (STF) na tarde desta segunda (21) para pedir uma reunião com o ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito na Corte.
Bitencourt reafirmou que Cid pretende esclarecer as circunstâncias apenas da venda do relógio Rolex que foi vendido nos Estados Unidos e recuperado após determinação do Tribunal de Contas da União (TCU) para ser integrado ao patrimônio da União, em meados de abril, descartando que uma possível “confissão” – como chegou a afirmar na semana passada – seja concretizada.
Cezar Bitencourt chegou a dizer no fim de semana, em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, que pode dar 20 ou 30 versões sobre a suposta “confissão”, mas que a real intenção não será divulgada, já que faz parte da estratégia de defesa do ex-ajudante de ordens.
“Pretendo agendar um encontro com o ministro para me apresentar como novo advogado do tenente-coronel Mauro Cid e demonstrar a boa vontade do meu cliente em relação às investigações da Polícia Federal. Ele terá uma postura colaborativa, mas tome cuidado com essa palavra. Não podemos confundir isso com a intenção de realizar qualquer acordo de delação premiada, porque repito sempre que isso não está nos nossos planos”, disse em entrevista ao jornal O Globo publicada nesta segunda (21).
Bitencourt disse que se reuniu com Mauro Cid no último sábado (19) pela segunda vez, e que o militar está “bem, forte e firme”. O tenente-coronel está preso preventivamente há quatro meses, e teve as visitas do pai, o general Mauro Cesar Lourena Cid, proibidas pelo ministro Alexandre de Moraes.
Lourena Cid é apontado pela Polícia Federal como um dos articuladores do suposto esquema de venda dos presentes nos Estados Unidos, e foi alvo de mandados de busca e apreensão na semana retrasada. Bitencourt afirmou que pode assumir a defesa dele se for preciso.
“Ele [Lourena Cid] está muito tranquilo e também confiando na nova defesa. Não adiantei para ele qual será a nossa estratégia porque isso só diz respeito a mim e ao meu cliente. Mas é claro que, como ele também está sendo investigado, se necessário for, também serei seu advogado”, completou o advogado.
Trump barra novos projetos de energia eólica nos EUA e pode favorecer o Brasil
Brasileiro que venceu guerra no Congo se diz frustrado por soldados que morreram acreditando na ONU
Não há descanso para a censura imposta pelo STF
Tarcísio ganha influência em Brasília com Hugo Motta na presidência da Câmara
Triângulo Mineiro investe na prospecção de talentos para impulsionar polo de inovação
Investimentos no Vale do Lítio estimulam economia da região mais pobre de Minas Gerais
Conheça o município paranaense que impulsiona a produção de mel no Brasil
Decisões de Toffoli sobre Odebrecht duram meses sem previsão de julgamento no STF