O novo advogado que defende o tenente-coronel Mauro Cid nos inquéritos a que responde, como a suposta venda de presentes oficiais e a adulteração no cartão de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), diz que ele é duplamente injustiçado pela prisão e que, se fez o que fez, era apenas cumprindo ordens devido à sua formação militar de respeito à hierarquia.
Cezar Bitencourt é o terceiro jurista a defender o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro nos últimos meses, e um especialista em delação premiada. No passado, ficou conhecido por defender o ex-assessor do ex-presidente Michel Temer (MDB), Rodrigo Rocha Loures, no caso em que foi flagrado carregando uma mala com R$ 500 mil em dinheiro em 2017.
O advogado afirma que foi contratado por um familiar de Mauro Cid na noite desta terça (15) e que ainda está tomando conhecimento de todo o inquérito a que o tenente-coronel responde. Ele terá uma reunião com o militar e familiares no final da tarde desta quarta (16), mas já adiantou que ainda vai discutir a possibilidade de se fazer um acordo de delação premiada.
“Ainda não o conheço, não tive nenhum contato. Tenho as minhas convicções, mas vou conversar com o cliente sobre essa situação [delação premiada]”, disse em entrevista à GloboNews pela manhã.
Apesar de ainda não definir se vai sugerir um acordo, Bitencourt disse que a estratégia de defesa é provar que Mauro Cid apenas cumpria ordens superiores devido à sua formação militar, que “respeita a hierarquia”.
“Ele é um militar, mas ele é um assessor. Assessor cumpre ordens do chefe. Militar com ainda mais razão, enquanto que um civil pode se desviar. Mas, o militar tem por formação essa obediência hierárquica. Então, alguém mandou, alguém determinou”, explicou ressaltando que, se fez algo ilegal, há “excludentes” que podem isentá-lo por conta da obediência hierárquica.
Bitencourt diz que vê a prisão de Mauro Cid no Batalhão da Polícia do Exército em Brasília, desde o dia 3 de maio, como injusta pelas circunstâncias da detenção. “Ele é duplamente injustiçado, porque está indevidamente recolhido dentro do Exército. Normalmente, quando as pessoas, senadores, políticos, essas pessoas importantes que são deslocadas para uma guarnição militar, eles ficam com liberdade dentro dela. É um absurdo que [Mauro Cid] esteja trancafiado dentro de uma cela dentro do Exército”, justificou.
Ainda segundo o advogado, a estratégia de defesa também será a de apresentar a carreira de Mauro Cid, o profissional militar condecorado e respeitado que tinha suas limitações ao cumprir a função que exercia no Palácio do Planalto.
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