O tenente-coronel Mauro Cid prestou depoimento nesta sexta-feira (26) à Polícia Federal (PF) e ao Federal Bureau of Investigation (FBI) no inquérito das joias que o ex-presidente Jair Bolsonaro recebeu como presente da Arábia Saudita. As informações são da CNN Brasil.
No depoimento, por meio de uma videoconferência, que durou cerca de 2h20, a CNN conta que Cid respondeu todas as perguntas sobre a venda de parte das joias nos Estados Unidos e deu detalhes sobre horários, endereços e dias da “operação resgate” das joias.
O FBI acompanhou o depoimento, após a PF firmar um acordo de cooperação internacional com as autoridades norte-americanas.
Uma equipe da PF viajou para os Estados Unidos para colher provas sobre o caso das joias sauditas e da fraude em cartões de vacina que envolvem o entorno do ex-presidente Bolsonaro. O itinerário investigativo nos EUA abrangeu diligências em diversas cidades, como Miami (Flórida), Wilson Grove (Pensilvânia) e Nova Iorque (NY).
Como parte das investigações, a PF também pretende ouvir depoimentos com os comerciantes das lojas onde foram vendidas e recompradas as joias. Imagens e documentos também estão sendo colhidos para ajudar na conclusão do inquérito sobre os episódios.
Em junho do ano passado, Cid foi ouvido na condição de testemunha, e não de investigado, e teria respondido a todas as perguntas feitas pela autoridade, segundo informa o g1. O ex-ajudante de ordens teria dado as mesmas respostas do depoimento prestado no dia 22 de maio.
Os investigadores buscam esclarecer as tentativas de liberação das peças. O ex-assessor de Bolsonaro Mauro Cid foi preso no âmbito da Operação Venire, que apura a suposta falsificação de cartões de vacinação contra Covid.
Cid estava em prisão domiciliar com monitoramento eletrônico desde setembro do ano passado após ter aceitado o acordo, que foi homologado por Moraes. No entanto, em março deste ano, ele foi preso novamente após o vazamento de um áudio dele com críticas ao ministro Alexandre de Moraes e a PF. Na última terça-feira (23), a defesa de Mauro Cid pediu a revogação da prisão preventiva do militar.
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