O tenente-coronel Mauro Cid presta um novo depoimento à Polícia Federal nesta segunda (28), às 10h, no inquérito que apura a suposta contratação do hacker Walter Delgatti Netto para invadir urnas eletrônicas a mando da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) nas eleições do ano passado.
O novo depoimento do ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) será a continuação da oitiva da última sexta (25), em que Cid foi ouvido por mais de seis horas pela PF.
Cid foi apontado por Delgatti como participante de uma reunião entre ele, Carla Zambelli e Bolsonaro no Palácio da Alvorada em agosto do ano passado.
O hacker está preso preventivamente por inserir um falso mandado de prisão no sistema do Conselho Nacional de Justiça em nome do ministro Alexandre de Moraes, do STF, supostamente por solicitação de Zambelli. Ele relatou ter tido “vários encontros com Mauro Cid fora da agenda oficial”.
Entretanto, o advogado de Zambelli, Daniel Bialski, declarou que a deputada não tem memória da presença de Cid na sala onde ocorreu a conversa entre Bolsonaro e o hacker. Delgatti afirmou que ele já estava com o ex-presidente quando eles entraram no Palácio da Alvorada, junto com Zambelli, para conhecê-lo, e que o tenente-coronel acompanhou o encontro.
Além disso, Delgatti relatou à Polícia Federal que Cid estava ciente de toda a conversa e também tinha conhecimento de que após a reunião no Alvorada, Delgatti seguiu diretamente para o Ministério da Defesa para se encontrar com o ex-ministro Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira e outros militares de alto escalão.
Este encontro marcou a primeira de cinco visitas de Delgatti ao Ministério da Defesa, de acordo com seu depoimento. O objetivo desses encontros, segundo Delgatti, era criar fatos que desacreditassem o sistema eleitoral brasileiro e levantassem dúvidas sobre a segurança das urnas. A investigação continua a explorar essas conexões.
Ainda na última sexta (25), Alexandre de Moraes proibiu Cid de se comunicar com o ex-presidente, com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e outros alvos da investigação que apura a suposta venda de joias recebidas por Bolsonaro de autoridades estrangeiras.
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