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Ministério dos Direitos Humanos

MDH apaga notas em defesa de Silvio Almeida após demissão do ex-ministro

MDH apaga notas em defesa de Silvio Almeida após demissão
O ex-ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida (Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil)

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O Ministério do Direitos Humanos (MDH) apagou as notas publicadas em seu site e em suas redes sociais em defesa do ex-ministro Silvio Almeida, que foi retirado do cargo após a repercussão de denúncias de assédio sexual.

De acordo com as denúncias, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, estaria entre as vítimas do ex-ministro.

As notas em defesa de Silvio Almeida foram publicadas no dia 5 de setembro, quando o escândalo foi revelado.

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As publicações do MDH traziam o posicionamento do ex-ministro sobre as denúncias e sobre uma divergência antiga entre a pasta e a organização Me Too Brasil, que recebeu os relatos de assédio.

De acordo com o ex-ministro, as denúncias de assédio sexual seriam uma tentativa de interferência da ong Me Too Brasil no processo de licitação para a gestão do Disque 100.

As denúncias, segundo afirmou a pasta ainda sob o comando de Silvio Almeida, teriam origem em tentativas frustradas de influenciar processos licitatórios após a separação do Ligue 180 em relação ao Ministério das Mulheres, no ano passado, quando a ong afirma ter recebido os relatos. 

De acordo com o MDH, diante da identificação de um possível superfaturamento no processo de licitação, a Assessoria Especial de Controle Interno revisou o contrato, reduzindo o valor anual de R$ 80 milhões para R$ 56 milhões. Após essa alteração, a Me Too teria tentado novamente influenciar o processo, mas sem sucesso.

Lula escolheu deputada petista para comandar o MDH

Apesar das explicações, Silvio Almeida foi demitido do cargo de ministro na sexta-feira (6).

A decisão do presidente Lula (PT) ocorreu após uma reunião com o ministro e com Anielle Franco, da Igualdade Racial, que teria sido uma das vítimas. 

Para ocupar o lugar de Silvio Almeida, o presidente Lula escolheu a deputada Macaé Evaristo (PT), que coleciona acusações de improbidade administrativa por superfaturamento em compras de material escolar quando atuou como secretária de Educação na prefeitura de Belo Horizonte e no governo estadual de Minas Gerais.

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