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Pandemia

Medidas emergenciais foram desenhadas para uma crise até julho, diz secretário de Guedes

Secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida. (Foto: Marcello Casal JrAgência Brasil)

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O secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, afirmou que as medidas emergenciais para conter os efeitos do coronavírus na economia foram desenhadas para uma crise com duração de quatro meses, de abril a julho. A expectativa da pasta é que a partir de agosto a pandemia vai estar sob controle e o governo vai retomar a agenda pró-mercado. Essa agenda inclui abertura econômica, privatizações, concessões e reformas estruturantes.

“As medidas nossas foram desenhadas para uma crise de quatro meses, para salvar vidas e manter a estrutura produtiva no período t + 1, que é abril, maio, junho e julho”, afirmou Sachsida em live transmitida nesta terça-feira (5) pela QR Capital e mediada por Felippe Hermes, editor do Blocktrends. “Se a pandemia durar mais de quatro meses, aí vamos ter de ter novas medidas. Não tem jeito”, ponderou.

“O que está na nossa cabeça: que a pandemia vai estar sob controle até julho. Quando chegar agosto, no nosso planejamento é o período t + 2, da retomada econômica. As medidas que nós desenhamos foram feitas para preservar vidas, empregos e empresas durante a crise. Elas não foram desenhadas elas por si só para tirar o Brasil da recessão. Elas vão manter a estrutura produtiva pronta pro momento da retomada. Nós temos que voltar urgentemente pra agenda pró-mercado, a agenda que estávamos fazendo antes da crise e que estava dando resultado”, defendeu Sachsida.

Ele disse que, a partir de agosto, serão quatro as prioridades do Ministério da Economia, além das reformas e da agenda de privatização e concessão:

  • Melhorar a rede de proteção social;
  • Traçar políticas de emprego mais adequadas, porque a taxa de desemprego vai dar um salto devido à pandemia;
  • Adoção de política mais adequada de falência de empresas, para permitir alocar capital de uma empresa que faliu para outra e para permitir que o empresário que quebrou possa voltar ao mercado mais rapidamente;
  • Melhorar eficiência do mercado de crédito brasileiro.

Sachsida afirmou, ainda, que o governo já gastou muito dinheiro com medidas emergenciais, e que o momento agora é de monitoramento das ações. "Já gastamos muito dinheiro. Foi bem gasto, bem direcionado, agora a preocupação é monitorar." Ele ressaltou, apenas, que ainda falta anunciar medidas de crédito para micro e pequenas empresas. Essa discussão está sendo liderada pelo Congresso Nacional.

Sobre os impactos das medidas emergenciais, o secretário ressaltou que as ações são transitórias e terão seu impacto fiscal restrito a 2020. "Nós não estamos agindo para estimular 'campeãs nacionais', para estimular a demanda. Estamos agindo para preservar empresas, empregos, vidas, por um período de três, quatro meses que é o período dessa crise. As medidas são transitórias", afirmou durante a live. "As medidas fiscais terminam até o final do ano. Temos plena consciência de retomar a agenda pró-mercado”, completou.

Ele afirmou que o plano conta com o apoio do presidente Jair Bolsonaro. "Ou nós vamos fazer as reformas pró-mercado que o nosso país precisa, ou não vamos continuar sendo um país de renda média. Se nós queremos ir pro caminho da prosperidade, existe o custo a ser pago. É o custo das reformas", finalizou.

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