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Festa da esquerda

Membros do PT e MST participam da posse de Maduro

Membros do PT e MST participam da posse de Maduro
Comitivas do PT e do MST estão na Venezuela para comemorar a posse do ditador Nicolás Maduro. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil.)

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Integrantes do Partido dos Trabalhadores (PT) e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) participaram nesta sexta-feira (10) da posse do ditador Nicolás Maduro na Venezuela. As comitivas estão em Caracas desde o início da semana para o evento chamado “Festival Mundial da Internacional Antifascista”, organizado pelo Foro de São Paulo.

O governo Lula (PT) não reconheceu oficialmente a vitória do ditador, mas enviou a embaixadora do Brasil em Caracas, Glivânia Oliveira, à cerimônia. O Conselho Nacional Eleitoral (CNE), órgão controlado pelo regime chavista, declarou a reeleição do ditador em 28 de julho, sem divulgar as atas de votação para referendar ou não o resultado do pleito.

Um dia depois, a Executiva Nacional do PT reconheceu a vitória de Maduro e classificou o processo eleitoral no país vizinho como uma “jornada pacífica, democrática e soberana”. A eleição venezuelana foi marcada por denúncias de perseguição e prisões de opositores do ditador.

Nesta quinta (9), líder oposicionista María Corina Machado foi violentamente interceptada e detida por forças chavistas, de acordo com relatos da oposição venezuelana, após deixar um protesto contra Maduro. Horas depois, opositores disseram que ela tinha sido libertada, não antes de ter sido obrigada a gravar vídeos onde afirmava que “estava bem”. A ditadura negou a prisão.

Uma das lideranças do PT, Valter Pomar, classificou o episódio como fake news e disse que a prisão teria sido fabricada pela própria oposição para desviar a atenção do que ele chamou de “fracasso da mobilização da extrema-direita”. Pomar é um parte da comitiva petista na Venezuela.

O líder do MST, João Pedro Stédile, e outros membros do grupo também estão na Venezuela para a posse. Assim como o partido de Lula, o MST e mais 11 organizações populares brasileiras parabenizaram o ditador pela vitória nas eleições presidenciais em 29 de julho. Em setembro, Maduro anunciou uma parceria entre a Venezuela e o MST para desenvolver a produção agrícola em uma área de 10 mil hectares no estado de Bolívar.

MST e outros grupos de esquerda pedem que Lula reconheça vitória de Maduro

Nesta semana, o MST e outras organizações de esquerda pediram a Lula que “reconheça a vitória eleitoral de Nicolás Maduro na Venezuela e respeite a soberania popular venezuelana”.

“A extrema direita venezuelana e seus aliados fora do país, promovem uma agenda polarizadora e desestabilizadora, ameaçando não só a paz interna do país, mas também a estabilidade de toda a América Latina”, dizem as entidades na carta enviada ao presidente.

"O reconhecimento dessa eleição não apenas reafirma nosso compromisso com o respeito à soberania venezuelana, mas também fortalece os laços de amizade e cooperação que historicamente unem nossas duas nações", afirmam as organizações de esquerda.

Segundo o CNE, Maduro teve 51% contra 44% de Edmundo González, principal candidato da oposição. A líder oposicionista María Corina Machado declarou a vitória de González, afirmando que o bloco Plataforma Unitária Democrática (PUD) obteve 73% das atas.

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