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Pedido de investigação

Mendonça rebate fala de Gilmar Mendes sobre “narcomilícia evangélica”

Mendonça procurou Gilmar Mendes para esclarecer uma fala do colega sobre a atuação de uma suposta "narcomilícia evangélica". (Foto: Gustavo Moreno/SCO/STF.)

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O ministro Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça afirmou nesta quarta-feira (13) que procurou o ministro Gilmar Mendes para esclarecer uma fala do colega sobre a atuação de uma suposta "narcomilícia evangélica" no Rio de Janeiro. Durante entrevista ao canal GloboNews, divulgada nesta terça (12), Mendes citou a existência de uma rede que seria formada por religiosos, traficantes e milicianos.

“O ministro Luís Roberto Barroso presidiu uma reunião extremamente técnica sobre essa questão, e um dos oradores falou de algo que é raro ouvir: uma ‘narcomilícia’ evangélica, aparentemente no Rio de Janeiro, onde se tem um acordo entre narcotraficantes e milicianos pertencentes ou integrados a uma rede evangélica”, disse o decano na ocasião.

Em nota, Mendonça – que é pastor presbiteriano – disse que Gilmar Mendes destacou que respeita a comunidade evangélica e que não teve a intenção de constranger seus integrantes. Segundo Mendonça, o ministro se dispôs a conversar com líderes religiosos para esclarecer o assunto.

Ele ressaltou que o orador, responsável por usar o termo “narcomilícia evangélica”, durante a reunião citada por Mendes teve uma fala “grave, discriminatória e preconceituosa”.

“Posso afirmar, com muita segurança, que se há uma rede evangélica nesse país, ela é composta por mais de 1/3 da população, a qual se dedica sistematicamente a prevenir a entrada ou retirar pessoas do mundo do crime, em especial aqueles relacionados ao tráfico e uso de drogas, que tanto sofrimento causam às famílias brasileiras”, disse Mendonça.

O magistrado cobrou uma investigação sobre o caso. “Se pessoas que se dizem ou se fazem passar por evangélicas estão envolvidas nesse tipo de conduta criminosa, afirmo, com total segurança, que o segmento evangélico é o maior interessado na apuração desses fatos”, disse.

“Assim, as pessoas e autoridades que têm conhecimento a respeito da prática dos referidos crimes devem dar o devido encaminhamento ao assunto. Espera-se, assim, que eventuais condutas ilícitas dessa natureza sejam objeto de responsabilização, independente da religião professada de forma hipócrita, falsa e oportunista por quem quer que seja”, acrescentou Mendonça.

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