Apesar de não darem um prazo e que o acordo não deve ocorrer durante a cúpula do Mercosul, governo afirma que parceria será concretizada.| Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
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Apesar dos últimos entraves à finalização do acordo entre o Mercosul e a União Europeia, com a declaração recente do presidente francês Emmanuel Macron contundentemente contrário à parceria, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Mauro Vieira, das Relações Exteriores, se mostraram otimistas em assinar a relação “no futuro próximo”.

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O otimismo foi citado por eles durante uma reunião na quarta (6) da 63ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados, realizada no Rio de Janeiro ao longo desta semana.

Alckmin disse que foram firmados compromissos de ambos os lados “em prol de um entendimento equilibrado, no futuro próximo”, e que, a partir dessas “bases sólidas” foi construído um novo termo para concretizar o acordo. O governo ganhou o apoio do chanceler alemão Olaf Scholz para assinar a parceria entre os dois blocos comerciais.

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O ministro Mauro Vieira se alinhou a essa perspectiva, expressando esperança na assinatura do acordo “muito em breve” e sublinhando a “dimensão estratégica inequívoca” para o Mercosul. Ele ressaltou a necessidade de tempo para preparação das partes para a abertura comercial, destacando o cuidado recente na ampliação das salvaguardas.

“Especialmente na etapa negociadora mais recente, tivemos o cuidado de ampliar as salvaguardas para a implementação dos compromissos assumidos no acordo”, disse o ministro.

Apesar da intensificação das negociações nas últimas semanas em busca de um anúncio durante a cúpula, o cronograma anterior foi descartado no governo. Mesmo com a conclusão pendente do acordo com a UE, o governo destacou o progresso em outras frentes, como o acordo com Singapura e a adesão da Bolívia ao Mercosul, resultados obtidos durante a presidência rotativa do Brasil no bloco.

O vice-presidente destacou a importância da integração regional, comentando que “a integração não se faz apenas com grandes gestos e grandes acordos; faz-se também no dia a dia, com avanços pontuais que destravam barreiras e criam oportunidades”. Ele enfatizou a necessidade de avançar na infraestrutura conjunta do bloco, melhorando diversos setores.

“Se estamos todos juntos aqui, nesta reunião do Mercosul, é porque acreditamos que podemos sempre aperfeiçoar e aprofundar nosso processo de integração regional, e que podemos trabalhar para expandir o comércio e os investimentos”, comentou.

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Na reunião do Mercosul na quarta (6) estiveram presentes os presidentes da Argentina, Uruguai e Paraguai, assim como o presidente da Bolívia, Luis Arce. Por outro lado, o ministro Fernando Haddad, da Fazenda, não compareceu e ficou em Brasília trabalhando na articulação com o Congresso para passar os projetos que pretendem aumentar a arrecadação de impostos, como os textos ainda pendentes de acordo, como a subvenção do ICMS nos estados e as apostas esportivas online – as chamadas “bets”.

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Nesta quinta (7), estão programadas novas reuniões com os chefes de Estado dos países membros do Mercosul, e é tido como o dia mais importante por reunir os mandatários das nações. O primeiro encontro será realizado às 11h liderado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Logo depois, às 12h35, está agendada a assinatura do Acordo de Livre-Comércio entre o Mercosul e Singapura e a entrega da carta de ratificação da adesão da Bolívia ao bloco.

Na sequência, Lula e a primeira-dama, Janja da Silva, recebem os chefes de Estado dos países membros e dos associados para um almoço. E, no meio da tarde, será realizada a sessão plenária do bloco, com a definição de uma declaração conjunta dos mandatários, com previsão de ser divulgada por volta das 18h.

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