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"Diálogo"

Mercosul pede a Venezuela e Guiana que evitem “ações unilaterais”

A declaração foi divulgada no final da 63ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados. (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil.)

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Membros do Mercosul pediram nesta quinta-feira (7) que Venezuela e Guiana evitem "ações unilaterais" em meio à crescente tensão entre os dois países pelo controle da região de Essequibo, que Caracas pretende anexar. A declaração foi divulgada no final da 63ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados, realizada no Rio de Janeiro.

O bloco é formado por Brasil, Argentina, Bolívia, Paraguai e Uruguai, mas Chile, Colômbia, Equador e Peru também assinaram o comunicado. Os signatários expressaram "sua profunda preocupação com o aumento das tensões" entre Venezuela e Guiana.

"A América Latina deve ser um território de paz e, no presente caso, trabalhar com todas as ferramentas de sua longa tradição de diálogo.​Nesse contexto, alertam sobre ações unilaterais que devem ser evitadas, pois adicionam tensão, e instam ambas as partes ao diálogo e à busca de uma solução pacífica da controvérsia, a fim de evitar ações e iniciativas unilaterais que possam agravá-la", ressaltaram os países.

O ditador Nicolás Maduro embarcou em uma cruzada para incorporar ao mapa venezuelano a região de Essequibo, uma área de 160 mil quilômetros quadrados controlada pela Guiana, rica em petróleo e minerais, e cuja posse Caracas reivindica há mais de um século. Após a realização de um referendo no último domingo (3), o Maduro apresentou um plano de ação sobre a área, incluindo a concessão de licenças para a exploração de petróleo e o destacamento de militares em cidades próximas à área em disputa.

Fontes do Ministério das Relações Exteriores brasileiro afirmaram que todos os países da região estão "esgotando todos os canais diplomáticos" para "tentar neutralizar a situação" entre os dois países. Mais cedo, na sessão plenária da cúpula do Mercosul, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou que eles "não querem guerras" na América do Sul, "nem precisam de conflitos", mas sim da "paz".

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