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Ao comentar a operação da Polícia Federal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, nesta quinta-feira (8), a ex-primeira dama Michelle Bolsonaro relembrou uma frase de Rosângela Lula da Silva, a Janja, feita no dia 9 de dezembro do ano passado.
Michelle escreveu "'Se tudo der certo'. Lembram? Pois bem..." em um story do Instagram com uma manchete sobre a entrega de passaportes do Bolsonaro exigida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
No ano passado, Janja disse em uma conferência do PT, em Brasília:“Esse cara (Bolsonaro), o inominável, está inelegível e, se tudo der certo, logo ele vai estar ó (fazendo com dedos das mãos o símbolo de cadeia)”. No mesmo evento, a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), também fez afirmações de igual teor à da primeira-dama, sublinhando que “o destino de Bolsonaro tem que ser a cadeia”.
A fala de Janja foi feita dias antes do ex-ministro da Justiça, Flávio Dino, ser sabatinado e aprovado para o cargo de ministro do STF. E na época, a declaração da mulher de Lula foi interpretada pela oposição não apenas como um desejo pessoal, mas como uma revelação da expectativa diante da aprovação de Dino.
Bolsonaro foi alvo da Operação Tempus Veritatis, desencadeada pela Polícia Federal na manhã desta quinta (8) no âmbito das investigações dos atos de 8 de janeiro de 2023. Ao todo, foram cumpridos 37 mandados de prisão, busca e apreensão em nove estados e no Distrito Federal.
Entre os aliados do ex-presidente alvos da PF estão os ex-ministros Walter Braga Netto (Casa Civil), Augusto Heleno (GSI), Anderson Torres (Justiça) e Paulo Sérgio Nogueira (Defesa), o ex-ajudante de ordens Marcelo Câmara, os ex-assessores Filipe Martins e Tercio Arnaud Thomaz, entre outros.
O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, também está na mira da PF. A sede nacional do partido foi alvo de busca e apreensão e ele foi detido por posse irregular de arma de fogo.