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Solução não agradou

Militares atendendo no INSS? Servidores do órgão são contra

Servidores do INSS não concordam com uso de militares para atendimentos nos postos
Servidores do INSS não concordam com uso de militares para atendimentos nos postos (Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo)

A decisão do governo de recrutar militares da reserva para repor mão de obra no INSS deflagrou uma onda de críticas entre servidores dentro e fora do órgão. Categorias cogitam ir à Justiça contra a medida e defendem que o Executivo contrate de forma temporária servidores do INSS já aposentados, além de fazer novos concursos para reforçar o corpo técnico de forma permanente.

A reação é uma mostra das resistências que serão levantadas à reforma administrativa que a equipe econômica pretende propor para enxugar o tamanho da máquina pública. Os servidores pretendem usar o anúncio do governo como uma admissão pública de que falta mão de obra na administração federal, contrariando o discurso de redução de cargos e limitação de novos concursos.

O secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho rechaçou na terça-feira (14) essa conexão e disse que são "situações completamente distintas". "Temos convicção de que o Estado brasileiro precisa ser do tamanho que a sociedade pode suportar", afirmou na entrevista.

Marinho prometeu para esta semana um decreto para abrir caminho à contratação de sete mil militares da reserva, que serão remunerados com um adicional de 30%. A expectativa do governo é de que essa medida gere um impacto de R$ 14,5 milhões por mês.

Solução para "zerar" a fila do INSS

Antes mesmo da aprovação da reforma da Previdência, já havia um acúmulo de pedidos de concessão de benefícios no INSS. O órgão tem dificuldades para destravar a análise dos pedidos recebidos em 2018. Nesse ano, o processo de digitalização do órgão começou de forma "atabalhoada", de acordo com fontes. Isso significa que ficou mais fácil pedido os benefícios, mas o ritmo de análises não aumentou, o que causou o represamento de 1 milhão de pedidos.

Outro motivo para esse represamento foi o atraso da Dataprev para desenvolver o novo sistema de análise de benefícios do INSS, que já leva em conta as alterações promovidas pela reforma da Previdência.

Atualmente, a estimativa do governo é de que há 1,9 milhão de pedidos de aposentadoria que ainda não foram respondidos pelos técnicos da Previdência – desses, 1,3 milhão de pedidos ultrapassaram o limite de 45 dias. Por lei, nenhum segurado deve esperar mais de 45 dias para que seu pedido de benefício seja analisado pelo INSS. Atualmente o prazo está em 120 dias.

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