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Com a recusa da médica Ludhmilla Hajjar de assumir o Ministério da Saúde, o governo federal trabalha agora com três nomes para substituir Eduardo Pazuello. São três médicos: os cardiologistas Marcelo Queiroga e Antonio Franchini Ramires, e o ortopedista Luiz Antônio Teixeira Jr, o Dr. Luizinho, que é deputado federal pelo PP do Rio de Janeiro.
Marcelo Queiroga é presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Queiroga foi indicado recentemente por Bolsonaro para ocupar uma das cinco cadeiras da diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Mas a sua nomeação para a Anvisa ainda depende de sabatina Comissão de Assuntos Sociais do Senado. Queiroga se reuniu com Bolsonaro na tarde desta segunda-feira, em Brasília.
Outro cotado para o Ministério da Saúde é o cardiologista José Antonio Franchini Ramires, segundo informação da CNN Brasil. Ramires é mestre e doutor em cardiologia. Ele é professor titular do Instituto do Coração (Incor) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), de onde já foi diretor.
Uma solução mais política na mesa de Bolsonaro é a indicação do deputado federal Dr. Luiz Antonio Teixeira Jr. (PP-RJ), mais conhecido como Dr. Luizinho, para o Ministério da Saúde. O parlamentar atualmente preside a Comissão Externa de Enfrentamento à Covid-19 do Congresso. Dr. Luizinho é visto no Congresso como um parlamentar que conhece a pandemia. Além disso, ela faz parte do Centrão, principal grupo de sustentação de Bolsonaro na Câmara. O Centrão vinha pressionando o presidente a trocar Pazuello.
Dr. Luizinho é médico ortopedista com MBA executivo em saúde pela Coppead/UFRJ e pós-graduação em medicina do Esporte e do Exercício pela Universidade Estácio de Sá (Unesa). Foi secretário municipal de Saúde de Nova Iguaçu (RJ) e secretário estadual de Saúde do governo fluminense.
Oficialmente, Pazuello ainda não deixou o Ministério da Saúde
O general Eduardo Pazuello negou em entrevista coletiva nesta segunda-feira (15) ter pedido demissão do Ministério da Saúde. Mas reconheceu que o presidente Bolsonaro estuda outros nomes para ocupar a pasta. Sua saída do ministério foi alvo de especulações nos últimos dias, por conta dos números negativos no combate à pandemia de coronavírus.
"Não vou pedir para ir embora, não é da minha característica", declarou Pazuello. Ele disse que uma eventual demissão será decisão de Bolsonaro e que, se ocorrer, ele conduzirá a transição com o novo comandante da pasta. "Estamos trabalhando com foco na missão, quando o presidente decidir, faremos uma transição correta", afirmou.
Apesar da negativa, a permanência dele na pasta é vista como muitíssimo improvável. Pazuello sofre pressão do Congresso, especialmente de parlamentares do Centrão, insatisfeitos com o desempenho dele à frente da pasta e no enfrentamento à pandemia de Covid-19.