O Ministério da Saúde instalou uma sala de situação para monitorar os casos de hepatite de origem desconhecida. O objetivo é de que o governo federal ajude na investigação dos casos monitorados pela Vigilância Sanitária dos estados e levantar evidências das causas da enfermidade que intriga o mundo desde o início de abril, quando os primeiros casos foram relatados no Reino Unido.
Até sábado (14), o Brasil havia registrado 47 casos de hepatite aguda em crianças e adolescentes cujos exames não detectaram vírus de nenhuma das formas clássicas da doença. Desses, quatro já foram descartados com a comprovação da causa.
Os casos são monitorados pela Vigilância Sanitária de nove estados: 14 em São Paulo, 6 no Rio de Janeiro 7 em Minas Gerais, 3 em Pernambuco, 3 em Santa Catarina, 3 no Rio Grande do Sul, 3 no Mato Grosso do Sul, 2 no Paraná e um nos estados do Espírito Santos, Goiás e Maranhão.
Além do Ministério da Saúde, a sala de situação terá o apoio de técnicos da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e de especialistas convidados. A sala vai padronizar informações e orientar o registro de notificações e investigações de todos os casos relatados pelas secretarias estaduais e municipais de saúde e laboratórios referência de saúde pública.
"O objetivo também é contribuir para o esforço internacional na busca de identificação do agente etiológico responsável pela ocorrência da hepatite aguda de causa ainda desconhecida", informa o ministério.
Semana passada, representantes do Ministério da Saúde participaram de reunião remota com pesquisadores da Organização Mundial da Saúde (OMS) e de oito países que já relataram casos da hepatite misteriosa: Reino Unido, Espanha, EUA, Canadá, França, Portugal, Colômbia e Argentina.
A hepatite misteriosa, como vem sendo chamada, tem sintomas comuns da inflamação aguda do fígado, como dor abdominal, náusea, vômito, diarreia, febre, urina escura e icterícia (pele e olhos amarelados). A dificuldade dos médicos e pesquisadores é de que nos exames desses casos não é detectado nenhum dos vírus que causam a doença nas formas clássicas, as hepatites A, B, C, D e E. A suspeita é de que a doença esteja relacionada aos adenovírus, vírus causadores de doenças gastrointestinais e respiratórias.
Por isso a Organização Mundial de Saúde (OMS) vem estudando a hepatite misteriosa, que já foi relata em aproximadamente 400 crianças de 20 países. Pesquisadores afirmam que até agora há pouca chance de a inflamação evoluir para a forma grave, quando há necessidade de transplante.
Triângulo Mineiro investe na prospecção de talentos para impulsionar polo de inovação
Investimentos no Vale do Lítio estimulam economia da região mais pobre de Minas Gerais
Conheça o município paranaense que impulsiona a produção de mel no Brasil
Decisões de Toffoli sobre Odebrecht duram meses sem previsão de julgamento no STF